Notificações
Você não tem notificações no momento.
Novo canal do Brasil Escola no
WhatsApp!
Siga agora!
Whatsapp icon Whatsapp
Copy icon

Criacionismo

O criacionismo é a forma como as religiões tradicionais explicam a origem do mundo e do homem.

Criacionismo, uma teoria com diferentes versões
Criacionismo, uma teoria com diferentes versões
Imprimir
Texto:
A+
A-
Ouça o texto abaixo!

PUBLICIDADE

A questão sobre as origens do homem remete a um amplo debate, no qual filosofia, religião e ciência entram em cena para construir diferentes concepções sobre a existência da vida humana e, implicitamente, por que somos o único espécime dotado de características que nos diferenciam do restante dos animais.

Desde as primeiras manifestações mítico-religiosas o homem busca resposta para essa questão. Nesse âmbito, a teoria criacionista é a que tem maior aceitação. Ao mesmo tempo, ao contrário do que muitos pensam, as diferentes religiões do mundo elaboraram uma versão própria da teoria criacionista.

  • Criacionismo na mitologia grega

A mitologia grega atribui a origem do homem ao feito dos titãs Epimeteu e Prometeu. Epimeteu teria criado os homens sem vida, imperfeitos e feitos a partir de um molde de barro. Por compaixão, seu irmão Prometeu resolveu roubar o fogo do deus Vulcano para dar vida à raça humana. Já a mitologia chinesa atribui a criação da raça humana à solidão da deusa Nu Wa, que, ao perceber sua sombra sob as ondas de um rio, resolveu criar seres à sua semelhança.

Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)
  • Criacionismo no cristianismo

O cristianismo adota a Bíblia como fonte explicativa sobre a criação do homem. Segundo a narrativa bíblica, o homem foi concebido depois que Deus criou céus e terra. Também feito a partir do barro, o homem teria ganhado vida quando Deus assoprou o fôlego da vida em suas narinas. Outras religiões contemporâneas e antigas formulam outras explicações, e algumas chegam a ter pontos de explicação bastante semelhantes.

Sendo um tema polêmico e inacabado, a origem do homem ainda será uma delicada questão capaz de se desdobrar em outros debates. Dessa forma, cabe a cada um julgar e adotar, por meio de critérios pessoais, a corrente explicativa que lhe parece mais plausível.
 

Por Rainer Sousa
Graduado em História

Escritor do artigo
Escrito por: Rainer Gonçalves Sousa Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SOUSA, Rainer Gonçalves. "Criacionismo"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/criacionismo.htm. Acesso em 21 de novembro de 2024.

De estudante para estudante


Lista de exercícios


Exercício 1

Pode-se dizer que o criacionismo caracteriza-se pela defesa do seguinte argumento:

a) todas as espécies de seres vivos existentes evoluíram ao logo do tempo, seguindo as leis da seleção natural.

b) a vida, o universo e todos os seres existentes não passaram a existir do nada sem que houvesse um ser superior e eterno que os tivesse concebido inteligentemente.

c) o desenvolvimento da vida e das grande diversidade de seres vivos independe de algo externo à materialidade da existência.

d) nenhum ser vivo pode ser tido como membro de uma espécie independentemente das leis da seleção natural.

e) Richard Dawkins, zoólogo britânico, contribui atualmente para o endosso do criacionismo, haja vista que acredita na existência de um lógica sobrenatural no curso da vida na Terra.

Exercício 2

(UNESP) “O mundo seria ordenado demais, harmonioso demais, para que se possa explicá-lo sem supor, na sua origem, uma inteligência benevolente e organizadora. Como o acaso poderia fabricar um mundo tão bonito? Se encontrassem um relógio num planeta qualquer, ninguém poderia acreditar que ele se explicasse unicamente pelas leis da natureza, qualquer um veria nele o resultado de uma ação deliberada e inteligente. Ora, qualquer ser vivo é infinitamente mais complexo do que o relógio mais sofisticado. Não há relógio sem relojoeiro, diziam Voltaire e Rousseau. Mas que relógio ruim o que contém terremotos, furacões, secas, animais carnívoros, um sem-número de doenças – e o homem! A história natural não é nem um pouco edificante. A história humana também não. Que Deus após Darwin? Que Deus após Auschwitz?” (André Comte-Sponville. Apresentação da filosofia, 2002. Adaptado.)

Sobre os argumentos discorridos pelo autor, é correto afirmar que a existência de Deus é:

a) defendida mediante um argumento de natureza estética, em oposição ao caráter ideológico e alienante das crenças religiosas.

b) tratada como um problema sobretudo metafísico e teológico, diante do qual são irrelevantes as questões empíricas e históricas.

c) abordada sob um ponto de vista bíblico-criacionista, em oposição a uma perspectiva romântica peculiar ao iluminismo filosófico.

d) problematizada mediante um argumento de natureza mecanicista-causal, em oposição ao problema ético da existência do mal.

e) tratada como uma questão concernente ao livre-arbítrio da consciência, em detrimento de possíveis especulações filosóficas.