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Cavalaria Medieval

A cavalaria medieval era formada por nobres que juravam proteger os interesses da Igreja Católica e do rei. Para se tornar cavaleiro, o nobre dedicava toda a sua vida.

Os cavaleiros medievais seguiam um Código de conduta da Cavalaria
Os cavaleiros medievais seguiam um Código de conduta da Cavalaria
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A cavalaria medieval se constituiu como principal mecanismo de defesa para a proteção dos interesses da nobreza durante o feudalismo. A cavalaria era exclusivamente formada por nobres. De acordo com a sociedade de ordens na Idade Média, a divisão social era composta pelos que oravam (clero), os que trabalhavam (servos) e os que guerreavam (nobres).

Segundo estudiosos do feudalismo, os nobres se ocupavam da guerra permanentemente. Os componentes de uma cavalaria geralmente eram filhos de nobres que não tinham o direito há heranças patrimoniais, sobretudo nas famílias com maior número de pessoas, nas quais o filho primogênito seria o herdeiro. Essa prática era denominada primogenitura (quando o filho mais velho herdava todos os bens da família) e seu principal objetivo era evitar a divisão dos bens patrimoniais da família.

A Igreja Católica exerceu enormes influências no processo de composição das cavalarias e designou que as ações dos cavaleiros seriam efetivadas para defender a moralidade da religião cristã.

Para que um nobre se tornasse cavaleiro na Idade Média era realizada uma cerimônia religiosa seguida por um juramento, em que o cavaleiro se comprometia a seguir os princípios da fé e da moralidade cristã. O cavaleiro medieval até hoje está presente em nossa mentalidade ocidental como a figura de um homem forte, leal, destemido e generoso (protegiam os fracos e oprimidos).

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A formação de um cavaleiro acontecia durante toda a sua vida, não era de um momento para outro que alguém se tornava membro de uma cavalaria. Para conseguir esse feito, os homens tinham que dedicar suas vidas.   

Quando a criança completava 7 anos de idade, estava começando sua vida de cavaleiro, ou seja, era quando a criança começava a cavalgar e a ter lições de boas maneiras. Ao completar 14 anos, ela se tornava escudeira (sua principal função era levar o escudo do senhor até a zona de batalha).

Ao completar 18 anos, o aprendiz de cavaleiro se tornava cavaleiro. Na cerimônia de investidura no cargo ele recebia a espada, o capacete e o escudo. A partir daí iniciava-se o ritual de formação do cavaleiro: primeiro acontecia o jejum de 24 horas, posteriormente tomava um banho purificador para rezar.

Após o cavaleiro realizar a oração, ele era vestido de uma túnica e era levado até o sacerdote para ser abençoado com a sua espada. Finalizando o ritual, o cavaleiro se ajoelhava escutando as leis da cavalaria e jurava sobre a Bíblia proteger o rei, defender os cristãos contra os infiéis (muçulmanos, pagãos), ser leal à Igreja e ao rei e ter generosidade.

Leandro Carvalho
Mestre em História

Escritor do artigo
Escrito por: Leandro Carvalho Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

CARVALHO, Leandro. "Cavalaria Medieval"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/cavalaria-medieval.htm. Acesso em 21 de dezembro de 2024.

De estudante para estudante


Lista de exercícios


Exercício 1

Entre as principais ordens de cavalaria da Idade Média, podemos destacar:

a) Ordem dos Dominicanos e Ordem dos Salesianos.

b) Ordem de Malta e Ordem dos Jacobinos.

c) Ordem dos Cavaleiros Teutônicos e Ordem dos Salesianos.

d) Ordem dos Templários e Ordem dos Franciscanos.

e) Ordem de Malta e Ordem dos Templários.

Exercício 2

(UFPA) “O escudeiro, antes de entrar na Ordem da Cavalaria durante a Idade Média europeia, deve confessar-se das faltas que cometeu contra Deus [...]”. Libro de La Orden de Caballeria apud PEDRERO-SANCHEZ, Maria Guadalupe. HISTÓRIA DA Idade Média: textos e testemunhas. São Paulo: UNESP, 2000. p. 102.

Sobre esse primeiro “mandamento” que regia o ingresso do jovem na Cavalaria, é importante observar que a:

a) estrutura original da Cavalaria era de natureza guerreira e religiosa, demasiado próxima das ordens monástico-religiosas, o que ameaçava o poder terrenal da nobreza e a unidade espiritual e física da instituição.

b) obrigação para com os preceitos religiosos forjou nos cavaleiros uma moral militar que se sobrepunha à defesa de Deus, da Igreja e da nobreza, quebrando a unidade da Cristandade consolidada desde os tempos imperiais de Roma.

c) Igreja gerou no seio da Cavalaria um sentimento de fraternidade militar, despojando-a de seu papel guerreiro, visando apenas ao combate àqueles que não seguissem os ensinamentos evangélicos, conforme determinavam os príncipes.

d) religiosidade dos cavaleiros determinará o fim da prática dos torneios e das guerras justas, sendo a Cavalaria mais tarde absorvida pelos Estados Absolutistas, servindo apenas para o aparato das cortes reais europeias.

e) Igreja teve um papel fundamental em relação à Cavalaria, incutindo a fé e cristianizando-lhe os rituais, tanto que na oração da Investidura era pedido a Deus que abençoasse a espada do cavaleiro para que ele pudesse defender a Igreja, as viúvas, os órfãos e todos os servidores de Deus.