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Limãos ou limões, cidadãos ou cidadões, refrãos ou refrões?
As palavras terminadas em –ão podem formar plural de três modos: -ões, -ãos ou –ães. Não há uma regra específica a ser seguida para se fazer este plural, pois pode variar entre os três e dependerá unicamente da origem da palavra, ou seja, de sua etimologia.
A maioria dos substantivos e adjetivos que terminam em –ão faz o plural em –ões. Vejamos:
Balão – balões
Botão - botões
Cordão – cordões
Estação - estações
Limão – limões
Paixão - paixões
Visão – visões
Razão - razões
Quando a terminação –ão recaí sob a sílaba átona -sem tonicidade, pronunciada mais fracamente- o plural obedece a regra básica: acrescenta-se “s” no final:
Bênção – bênçãos
Órgão – órgãos
Sótão – sótãos
Observe que as palavras acima são paroxítonas. Mas entre algumas oxítonas, monossílabas ou não, acontece o mesmo: mão –mãos, chão – chãos, grão-grãos, irmão –irmãos, artesão-artesãos.
Poucos vocábulos tem seu plural em –ães:
Alemão- alemães
cão – cães
capitão – capitães
catalão – catalães
charlatão – charlatães
escrivão – escrivães
guardião – guardiães
pão – pães
sacristão – sacristães
tabelião – tabeliães
Outras palavras aceitam mais de uma forma de se fazer o plural, como os seguintes casos:
-alazão - alazães e alazões
-aldeão – aldeões, aldeãos e aldeães
- anão – anões e anãos
- ancião – anciãos, anciães e anciões
- artesão – artesães e artesãos
- castelão – castelãos e castelões
- cirurgião – cirurgiões e cirurgiães
- corrimão – corrimãos e corrimões
- deão - deães e deões
- ermitão – ermitãos, ermitães e ermitões
- faisão – faisães e faisões
- guardião - guardiães e guardiões
- hortelão – hortelãos e hortelões
- refrão – refrães e refrãos
- rufião – rufiões e rufiães
- sacristão -sacristães e sacristãos
- sultão – sultões, sultãos e sultães
- Verão – verões e verãos
- vilão – vilãos e vilões
- zangão – zangões e zangãos
Decorar não é a maneira ideal de assimilar esses plurais, uma vez que há muitas exceções e modos de se falar. Portanto, a prática é a melhor maneira de aprendê-los! Pois, é difícil esquecer de algo que é de nosso costume, que já faz parte da rotina.
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras