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Uma das muitas peculiaridades que norteiam os fatos linguísticos diz respeito às flexões dos substantivos, de gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) ou mesmo de grau (aumentativo e diminutivo). No intuito de saná-las, uma boa sugestão é a leitura assídua, bem como a prática constante da escrita e, para completar, algumas dicas, as quais são sempre bem-vindas, sem dúvida.
Nesse sentido, o artigo em questão tem por finalidade abordar mais uma dúvida que impera cotidianamente: a flexão dos substantivos relativos às partes do corpo. Ora, em se tratando de duas pessoas ou mais pessoas, cuja ideia se revela por um substantivo composto, o normal é estabelecer a flexão de alguns termos que integram o discurso, embora isso nem sempre se apresente como uma realidade plausível, aplicável. Vejamos o porquê por meio de alguns exemplos:
“Os cérebros” dos humanos são estudados pelos cientistas.
Na reunião, todos abaixaram “as cabeças”.
Tudo bem, torna-se explícito que se trata de mais de uma pessoa, no entanto cada uma delas possui somente uma cabeça, somente um cérebro e assim por diante. Dessa forma, saiba que não se deve flexionar o substantivo, razão pela qual os exemplos acima carecem de reformulação, sendo essa manifestada por:
O cérebro dos humanos é estudado pelos cientistas.
Na reunião, todos abaixaram a cabeça.
No entanto, quando se trata de algumas partes manifestadas por pares, como, por exemplo, mãos, pés, olhos, dedos, é normal que tais substantivos apareçam flexionados, assim como:
Na reunião todos levantaram as mãos.
Eles ergueram os olhos quando passaram as garotas.
Abaixaram os dedos após o professor responder as perguntas.
Quando a intenção é fazer referência a somente uma das mãos, é natural que esse substantivo seja demarcado no singular, como no exemplo a seguir:
Durante a palestra, foi feita uma pergunta e alguns levantaram a mão para responder.
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras