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O feminino de ídolo remete-nos a ideias que norteiam a classe representada pelos substantivos, mais especificamente quanto ao seu gênero. Partindo desse pressuposto, convencionalmente podemos afirmar que se existe o aluno, há também a aluna/ bem como o professor – a professora. Notamos que mudanças se operam quanto ao emprego do artigo masculino/feminino, associadas à desinência de gênero (aluno/aluna...).
Prosseguindo com nossa análise, sobretudo fazendo referência aos conhecimentos linguísticos dos quais dispomos, há que se afirmar que há também aqueles substantivos em que tal flexão somente se efetiva por meio das palavras “macho e fêmea”, como é o caso dos epicenos (cobra macho/cobra fêmea); há aqueles em que a distinção é demarcada apenas por um determinante, tais como: o artista/a artista. E ainda! Os substantivos cuja distinção genérica se dá por meio do contexto, como é o caso de: Ele foi vítima de sequestro /ela foi vítima de sequestro.
Eis que chegamos à ideia central de nossa discussão, visto que esse último exemplo se define pelos denominados substantivos sobrecomuns. Seria esse o caso de ídolo? Como você sabe, muitas pessoas elegem alguém, seja um cantor, escritor, artista, entre outros, e o concebem como sendo seu ídolo. Dessa forma, quando se trata do gênero masculino, em termos convencionais, dizemos “o ídolo”. Mas e em se tratando do feminino? Seria “a ídola”?
Não, esse caso integra o exemplo que acabamos de mencionar, ou seja, para ele não há a forma feminina. Dessa forma, caso ouça alguém dizer por aí que uma cantora, uma artista, é o ídolo desta pessoa, saiba que de acordo com o padrão formal da linguagem, tal colocação está perfeitamente correta. Assim, perceba alguns exemplos:
Cazuza é meu ídolo. Assim como:
Ana Carolina é meu ídolo.
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola