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Estadia e estada representam o dinamismo pelo qual a língua perpassa – uma vez que de acordo com o uso preconizado pelos falantes de um determinado vocábulo, este vai se incorporando até se tornar dicionarizado.
Assim, de forma tradicional, temos que “estadia” se refere ao tempo de permanência de um navio no porto sem o pagamento de nenhuma taxa para tal, ou simplesmente o tempo de permanência deste no referido local. Assim, dizemos perfeitamente que:
A estadia do Knock Nevis no porto de Santos foi de dois dias.
“Estada”, por sua vez, faz referência ao ato de estar, permanecer, em um dado lugar. Dessa forma, convenientemente podemos afirmar:
Durante minha estada em Florianópolis, pude conhecer as variadas atrações oferecidas pela cidade.
No entanto, dado o caráter dinâmico antes ressaltado, o vocábulo “estada”, até mesmo por questões relacionadas à eufonia (som agradável), passou a assumir as mesmas acepções semânticas atribuídas a “estadia”. Significando, portanto, a permanência de pessoas, animais, veículos, entre outros, num determinado local. Tal posicionamento é retratado por pelo menos dois dicionários brasileiros – Houaiss e Francisco Borba.
Mediante essa realidade, tanto faz utilizarmos uma forma ou outra, como bem nos apresentam os exemplos que seguem:
Foi de pouco tempo a estadia daquela cantora internacional em solo brasileiro.
Sua estada neste recinto será de poucos dias.
A empresa custeará a estadia dos funcionários durante o curso de capacitação.
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola