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A Geografia, como sabemos, é a ciência que estuda o espaço geográfico no que concerne à relação entre sociedade e natureza. Assim sendo, tanto o espaço produzido pelas sociedades rurais e urbanas quanto o espaço natural superficial são objetos de estudo dessa importante ciência, que opera os seus métodos e suas abordagens em categorias de análise, tais como a paisagem, o lugar, a região e o território.
Nesse sentido, a execução de estudos empíricos in loco são de fundamental importância para a observação dos objetos analisados por essa ciência, sendo também muito útil no ensino de Geografia tanto no ensino superior quanto no ensino básico. Trata-se de uma ferramenta que permite verificar, confirmar ou falsear dados e informações, além de também poder fornecer novas perspectivas para aquilo que se pesquisa.
Os objetos de análise em um trabalho de campo podem ser os mais variados, tais como: o impacto da instalação de uma grande indústria sobre uma região; problemas ambientais na cidade; uma visita sobre uma área agrícola; além de qualquer outra manifestação social ou natural que aconteça sobre o espaço geográfico.
É claro que, para uma melhor execução dessa metodologia, tanto para fins didáticos de uma aula de campo quanto para fins de estudos acadêmicos ou científicos, é preciso que se realize um bom planejamento. Para tal, é necessária, primeiramente, a realização de levantamento de dados e informações através da consulta de órgãos específicos, tais como o IBGE, o IPEA e outros, a depender da temática que será abordada. Além disso, é importante o levantamento prévio de referências bibliográficas especializadas no estudo em questão e também aquelas voltadas para a prática do trabalho de campo.
Em seguida, é preciso estabelecer os roteiros do plano, quais sejam: os objetivos, os métodos, o desenvolvimento do trabalho, os materiais utilizados e os conhecimentos prévios necessários para a compreensão do tema em estudo. Dessa forma, não se corre o risco de realizar um trabalho de campo incompleto ou inconcluso, que demande a realização de uma nova visita à área estudada. Portanto, um trabalho prático, para que seja dotado de uma maior eficiência, passa necessariamente por um bom trabalho de gabinete, pois será esse que irá municiar e fornecer as bases para o estudo empírico a ser empreendido.
Como podemos perceber, o trabalho de campo é muito importante para a Geografia, haja vista que essa área do conhecimento, por se relacionar ao espaço e suas múltiplas variáveis, é essencialmente prática e efetivamente dinâmica, sendo impossível pensar apenas a partir de conceitos teóricos e bibliográficos.
Por Me. Rodolfo Alves Pena