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Em muitos países, milhares de crianças saem todos os dias de casa ainda muito cedo para trabalhar. No Brasil, aproximadamente 5,5 milhões de brasileiros, com idades que oscilam entre 5 e 17 anos, trabalham enquanto deveriam estar na escola.
Geralmente, essas crianças e adolescentes executam elevadas jornadas de trabalho, impedindo assim a presença deles na escola. Além disso, o trabalho desempenhado, muitas vezes, requer um enorme esforço físico.
O ingresso no trabalho de forma prematura impossibilita a busca por uma vida melhor e ofusca os sonhos de milhares de crianças e adolescentes. É notório que o trabalho executado por essas crianças as exclui da escola.
Essa realidade não é exclusividade do Brasil, a seguir o panorama do trabalho infantil no mundo:
• De acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho, no mundo existem cerca de 250 milhões de crianças trabalhando.
• O trabalho é realizado por crianças com idades entre 5 e 14 anos.
• Cerca de 120 milhões trabalham em período integral.
• Aproximadamente 80% não desfrutam de descanso semanal.
• Grande parte desses trabalhadores vive na zona rural.
- Em Portugal são cerca de 200 mil trabalhadores com idade inadequada para o trabalho.
- Na Espanha são aproximadamente 500 mil.
- Na Alemanha, cerca de 600 mil.
- A América Latina abriga aproximadamente 7% da mão de obra infantil mundial.
- A África responde por 32% da força de trabalho infantil no mundo.
- Aproximadamente 61% do total de crianças que trabalham no mundo habitam o continente asiático.
- Somente na Índia cerca de 120 milhões de crianças e adolescentes desempenham algum tipo de trabalho.
- Na Oceania são cerca de 500 mil.
A partir desses números podemos perceber que se trata de um problema que abrange uma dimensão internacional. Essas crianças que trabalham poderiam estar na escola e brincando, tendo em vista que essa etapa da vida deve ser dedicada exclusivamente a isso.
Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia