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Desde a Antiguidade, registra-se a formação de centros urbanos. As primeiras cidades surgiram na região da Mesopotâmia e também no Egito, há cerca de três mil anos a.C. No entanto, durante a era do Capitalismo, sobretudo em sua fase industrial, esse processo de formação e crescimento urbanos atingiu o seu auge, o que propiciou a difusão da urbanização por todo o planeta.
Em um dos vários aspectos referentes à urbanização, podemos destacar a forma com que algumas cidades tendem a se especializar economicamente. Essa especialização pode ocorrer no sentido de dinamizar uma economia local ou regional, podendo transformar um espaço previamente existente, ou conceber e planejar a criação de cidades para atender a funções específicas.
Dentre essas atividades setoriais especificamente realizadas por formações urbanas, podemos destacar alguns tipos de cidades, como as político-administrativas, turísticas, portuárias, industriais e outras que podem apresentar vários desses aspectos concomitantemente. A seguir, uma breve explicitação sobre cada um desses tipos.
Cidades político-administrativas: são cidades onde se localizam importantes sedes administrativas de governos e parlamentos. Costumam ter como característica a elevada oferta de empregos no setor público e estratégica função política. Geralmente, são cidades especificadamente planejadas e construídas para esse fim, embora, em alguns casos, elas passem a acumular outras funções. Podemos citar, como exemplo de cidades político-administrativas, Brasília (Brasil), Pretória (África do Sul), Washington (EUA), Ottawa (Canadá), entre outras.
Cidades religiosas: são formações urbanas que possuem suas dinâmicas econômicas majoritariamente centradas em algum tipo de atividade religiosa, que ocorre todo o ano ou durante alguns poucos dias, mas que atrai um grande número de fiéis e movimenta um significativo ornamento financeiro. Exemplos de cidades desse tipo são: Jerusalém (Israel), Meca (Arábia Saudita), Aparecida do Norte (Brasil), Santiago de Compostela (Espanha), Trindade (Brasil), entre outras.
Jerusalém, cidade sagrada para várias religiões
Cidades turísticas: são cidades que possuem algum significativo atrativo turístico e de lazer, seja pelos seus recursos naturais, seja pelas possibilidades oferecidas pelo seu espaço geográfico. Dentre esse tipo de cidade, podemos citar Las Vegas (EUA), Porto Seguro (Brasil), Cancun (México) etc.
Cidades portuárias: são cidades que exercem uma importante função na economia do país ao qual pertencem, pois são a partir delas que a maior parte das exportações e importações acontecem, graças à estrutura de seu porto, utilizado para carga e descarga de mercadorias. Alguns exemplos de cidades desse tipo são: Santos (Brasil), Roterdã (Holanda) e Hamburgo (Alemanha).
Cidades industriais: apesar de a maioria das cidades se formar direta ou indiretamente em função do crescimento da produção industrial em uma dada região, somente algumas delas podem ser classificadas como cidades industriais. Essas se caracterizam por centrarem a maioria de suas atividades quase que exclusivamente no setor industrial, apresentando vastos e modernos parques empresariais produtivos. Citam-se como exemplo as cidades de Camaçari (Brasil), Córdoba (Argentina), Manchester (Inglaterra), Dusseldorf (Alemanha) e muitas outras.
Dusseldorf, Alemanha. Cidade importante pelo seu dinamismo industrial
Apesar dessa classificação, existem aquelas cidades que conseguem apresentar duas ou mais dessas tipificações acima mencionadas. Dotadas de um grande dinamismo, essas formações urbanas caracterizam-se, em geral, pelo elevado peso econômico tanto em âmbito regional quanto em escala internacional, além de um significativo contingente populacional. Citam-se como exemplos São Paulo, Paris, Nova Iorque, Rio de Janeiro, entre outras.
Por Rodolfo Alves Pena
Graduado em Geografia