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Os dois principais biocombustíveis no Brasil são o biodiesel e o etanol. O biodiesel pode ser produzido a partir de oleaginosas (entre elas a mamona, o algodão, o amendoim, o dendê, o girassol e a soja), além de matérias-primas alternativas (como gordura animal, óleos de frituras e gorduras residuais). Já o etanol é produzido a partir da cana-de-açúcar, porém pesquisas vêm sendo realizadas para que o milho também sirva de matéria-prima para sua produção.
A maior experiência com o biodiesel, no Brasil, foi no estado do Piauí, na região Nordeste, por meio do cultivo da mamona. No município de Canto do Buriti está instalada a maior usina de produção de biodiesel: a Usina de Floriano. Ela tem capacidade de produzir sete milhões de litros por ano. Entretanto, a mamona não se adaptou muito bem à região, em função de suas condições edafoclimáticas. Assim, a principal matéria-prima do biodiesel está sendo a soja, proveniente da região Centro-Oeste.
O país adotou uma política paulatina da adição de biodiesel ao diesel comum, como meio de inserção do produto no mercado, conforme a Lei 11.097/2005. Dessa maneira, ficou estabelecido um incremento obrigatório do biodiesel ao diesel de 2%, de 2005 a 2012; e de 5%, a partir de 2013.
Já o etanol tornou-se uma realidade no Brasil, a partir de 1970, quando teve início o programa chamado de Proálcool. Em meio à crise do petróleo mundial, o etanol foi a alternativa econômica encontrada como combustível. O Proálcool foi o principal programa de incentivo à produção de etanol no país.
Atualmente, o país produz aproximadamente dez bilhões de litros por ano. A produção de cana-de-açúcar no país cresceu muito e a instalação de usinas sucroalcooleiras deu um salto quantitativo enorme. Os estados que mais produzem cana-de-açúcar no país são, respectivamente, São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul. Existem, aproximadamente, 400 usinas instaladas no país.
É importante salientar que nos últimos dez anos a quantidade de carros “flex” fabricados no país saiu de zero para quase três milhões. Hoje, representam pouco mais de 90% carros fabricados no país.
Por Régis Rodrigues
Graduado em Geografia