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A prática da agricultura surgiu há aproximadamente 12 mil anos. Graças a ela, o homem deixou de ser nômade (modo de vida baseado na caça e coleta de alimentos) e passou a ser sedentário (modo de vida baseado no cultivo de plantas e domesticação de animais).
Ao longo dos séculos, as práticas agrícolas foram evoluindo e, com isso, começou a haver uma excessiva produção, o que permitiu o desenvolvimento do comércio. No início havia somente trocas de produtos e nos locais de troca surgiram diversas cidades. Com o passar do tempo, a agricultura passou por várias “revoluções”. Vejamos algumas delas.
No século XIX houve a chamada revolução agrícola, que configurou o aumento da produção sem o aumento da área de cultivo. Ou seja, houve um aumento da produtividade. Parece ser algo simples, porém foi um grande avanço tecnológico na época, mas que não beneficiou o meio ambiente, pois havia um uso intenso do solo, sem práticas de conservação.
A revolução verde foi a mais importante revolução da agricultura, iniciada logo após a Segunda Grande Guerra. Representou essencialmente a adoção de um pacote tecnológico que buscava maximizar a produção de alimentos. Porém, do ponto de vista ambiental, esse pacote não foi tão benéfico. Dessa maneira, foram adotados os seguintes procedimentos: mecanização agrícola, uso de fertilizantes, de agrotóxicos e de sementes selecionadas, produzidas em laboratório. Todas essas técnicas permitiram uma otimização da produção, porém com efeitos extremamente nocivos ao solo, ao lençol freático e aos rios.
Segundo alguns estudiosos, o atual momento é de uma nova revolução agrícola. Os chamados transgênicos (sementes geneticamente modificadas) estão em pauta e causam muitos questionamentos por parte de ambientalistas. Outros já defendem que o uso do transgênico acabará com a fome no planeta e que ele não causa danos ao meio ambiente. Esse debate ainda perdurará por anos.
Na contramão, vêm a agricultura orgânica e aagricultura de conservação. Essas práticas agrícolas diferem entre si, porém ambas buscam causar danos mínimos ao meio ambiente. Enquanto a agricultura de conservação busca práticas de perturbação mínima ao solo, como a rotação de culturas; a agricultura orgânica tem como premissa o uso de recursos naturais para o manejo agrícola e a conservação deles, como a produção de alimentos sem agrotóxicos.
Por Régis Rodrigues
Graduado em Geografia