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Cálculo do ângulo limite

Ângulo limite é um ângulo para qual um raio de luz incidente refrata-se e sai paralelo à superfície. O cálculo do ângulo limite se dá através da Lei de Snell-Descartes.

O arco-íris acontece em virtude da refração da luz do Sol nas gotículas de água presentes na atmosfera
O arco-íris acontece em virtude da refração da luz do Sol nas gotículas de água presentes na atmosfera
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No estudo da Óptica vimos que refração é o nome dado ao fenômeno que ocorre quando a luz, ao passar de um meio para outro, sofre uma variação em sua velocidade de propagação. No estudo da refração vimos as duas leis que regem esse fenômeno. A primeira delas diz que o raio incidente, a reta N, normal à superfície de separação no ponto de incidência, e o raio refratado são coplanares, ou seja, eles estão no mesmo plano.

Já a segunda lei da refração, também conhecida como Lei de Snell-Descartes, diz que, na refração, o produto do índice de refração do meio (no qual se encontra o raio pelo seno do ângulo que esse raio forma com a reta normal à interface no ponto de incidência) é constante. Dessa forma, é possível escrever que:

Cabe ressaltar que, quando um raio de luz passa de um meio para outro menos refringente, o raio de luz refrata-se, afastando-se da reta normal perpendicular à superfície. Dessa forma, pode-se observar que, a partir de determinado ângulo de incidência, não há mais refração. Esse ângulo é denominado ângulo limite ou ângulo crítico.

Cálculo do ângulo limite

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Quando o ângulo incidente é igual ao ângulo limite, surge um raio rasante

De acordo com a figura acima, a aplicação da Lei de Snell-Descartes à situação nos permite calcular o seno do ângulo limite L através da seguinte relação:

Como sen 90º = 1, temos:

De acordo com a equação acima, podemos ver que o seno do ângulo limite é o quociente entre o índice de refração do meio menos refringente pelo índice de refração do meio mais refringente, isto é:

Na figura abaixo podemos ver que quando i > L, não ocorre refração. Sendo assim, os raios são todos refletidos e o fenômeno passa a ser chamado de reflexão total interna.

Como o ângulo de incidência é maior do que o ângulo limite, os raios são refletidos


Por Domiciano Marques
Graduado em Física

Escritor do artigo
Escrito por: Domiciano Correa Marques da Silva Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SILVA, Domiciano Correa Marques da. "Cálculo do ângulo limite"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/calculo-angulo-limite.htm. Acesso em 02 de abril de 2025.

De estudante para estudante


Lista de exercícios


Exercício 1

(UNIFESP) Um raio de luz monocromático provém de um meio mais refringente e incide na superfície de separação com outro meio menos refringente. Sendo ambos os meios transparentes, pode-se afirmar que esse raio:

a) dependendo do ângulo de incidência, sempre sofre refração, mas pode não sofrer reflexão.

b) dependendo do ângulo de incidência, sempre sofre reflexão, mas pode não sofrer refração.

c) qualquer que seja o ângulo de incidência, só pode sofrer refração, nunca reflexão.

d) qualquer que seja o ângulo de incidência, só pode sofrer reflexão, nunca refração.

e) qualquer que seja o ângulo de incidência, sempre sofre refração e reflexão.

Exercício 2

(UEL) A razão pela qual a luz pode seguir uma trajetória não retilínea na fibra óptica é consequência do fenômeno que ocorre quando há passagem de um raio de luz de um meio, de índice de refração maior, para outro meio, de índice de refração menor. Com base no texto e no seu conhecimento sobre o tema, assinale a alternativa que apresenta os conceitos ópticos necessários para o entendimento da propagação “não retilínea” da luz em fibras ópticas:

a) Difração e foco

b) Reflexão total e ângulo limite

c) Interferência e difração

d) Polarização e plano focal

e) Imagem virtual e foco

Exercício 3

Em dias de muito calor, na estrada, temos a impressão de que ela apresenta-se molhada em decorrência do fenômeno de:

a) reflexão total, pois a camada de ar e o leito da estrada, estando mais quentes que as camadas superiores, apresentam índice de refração maior.

b) reflexão total, pois a camada de ar e o leito da estrada, estando mais quentes que as camadas superiores, apresentam índice de refração menor.

c) reflexão total, pois a camada de ar e o leito da estrada, estando mais quentes que as camadas superiores, tornam-se mais densos.

d) refração total, pois a camada de ar e o leito da estrada, estando mais quentes que as camadas superiores, tornam-se mais refringentes.

e) refração total, pois a camada de ar e o leito da estrada, estando mais quentes que as camadas superiores, tornam-se menos refringentes.

Exercício 4

A razão pela qual podemos esperar que uma pedra de diamante lapidada seja mais brilhante que uma pedra de vidro cortada decorre do fato de que:

a) os diamantes conseguem difratar os raios de luz incidentes melhor que o vidro.

b) o índice de refração do vidro é maior que o do diamante.

c) o índice de refração do diamante é maior que o do vidro.

d) o diamante é mais transparente que o vidro.

e) o diamante é translúcido, enquanto o vidro é transparente