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A aquaplanagem é um fenômeno em que um veículo, ao passar sobre uma camada de água, perde o atrito com o asfalto e desliza. Quando isso ocorre, o motorista perde o controle do automóvel e não consegue frear, o que pode ocasionar graves acidentes.
De acordo com a Física, o que acontece é a diminuição da força de atrito entre o automóvel e o chão. A força de atrito dinâmico é calculada com a equação:
F = μd . N
Sendo:
F – Força de atrito;
μd – o coeficiente de atrito dinâmico;
N – Força Normal.
A partir da equação, é possível perceber uma relação linear entre a força de atrito, a força normal e o coeficiente de atrito dinâmico. A força normal é a força que o asfalto exerce sobre o automóvel e depende apenas do peso deste. Portanto, quanto mais pesado o veículo, maior a força normal e menor o risco de perder contato com o chão.
O coeficiente de atrito dinâmico μd varia de 0,5 a 0,8 para o asfalto seco, mas esse fator também está ligado às condições do asfalto. Já para o asfalto molhado, esse coeficiente pode ter valores de 0,25 a 0,75, dependendo da quantidade de água. Como podemos ver, esses valores são menores do que quando o asfalto está seco, consequentemente a força de atrito é menor, o que aumenta a possibilidade de o carro deslizar.
Além disso, existem outros fatores que influenciam esse fenômeno, um deles é a velocidade do carro. Quanto maior é a velocidade, menor o tempo que a água tem para afastar-se embaixo dos pneus, o que favorece a ocorrência da aquaplanagem.
As características e condições do pneu também merecem atenção. Os pneus largos precisam mover mais água, portanto o risco de deslizar é maior. Eles também devem estar em boas condições de uso, pois os pneus possuem sulcos que têm como função o escoamento da água. Conforme o pneu é utilizado, esses sulcos vão diminuindo e a capacidade de drenar a água também. Se essa capacidade for bem reduzida, poderá favorecer a derrapagem do veículo.
Para evitar a aquaplanagem, algumas pequenas atitudes são fundamentais para o condutor: usar pneus em bom estado, reduzir a velocidade ao perceber grande quantidade de água no asfalto, não frear bruscamente e nem virar o volante se perceber que está perdendo o contato com o solo. O ideal nessas condições é parar de acelerar o carro e segurar o volante para garantir as rodas retas. Se o carro possui freios ABS, que não deixam as rodas travarem com a frenagem, eles podem ser acionados até que o carro recupere a aderência ao asfalto, possibilitando o controle sobre o veículo.
Por Mariane Mendes
Graduada em Física