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Quando da praia é observado o mar, é possível notar dois tipos diferentes de ondas: as ondulações nos locais mais distantes da praia e a arrebentação das ondas próxima à orla. Sabemos também que uma onda mecânica não transporta matéria, apenas energia. Esta situação, entretanto, não é válida para as ondas do mar que se propagam nos locais muito rasos.
Vamos examinar com mais cuidado o movimento da água quando uma onda passa: a superfície da água em determinado ponto sobe e desce, seguindo a onda. Se seguíssemos o movimento de uma pequena porção de água, observaríamos que este é uma elipse. A água não só sobe e desce, mas também possui um movimento para frente e para trás com a mesma frequência da onda.
O movimento da água na direção do deslocamento da onda é necessário para formar as cristas e os vales das ondas. Como a água não se comprime, o curto movimento da oscilação na direção do deslocamento da onda gera os acúmulos que formam as cristas e deixam os vales.
A velocidade das ondas depende de diversos fatores. Dois fatores importantes são a profundidade e o comprimento de onda. Ondas em locais fundos têm sua velocidade proporcional à raiz quadrada do comprimento de onda. Portanto, podemos dizer que quanto maior o comprimento de onda, maior será a sua velocidade de propagação. Já em águas mais rasas, a velocidade de propagação da onda é proporcional à raiz quadrada da profundidade.
Essa dependência da velocidade da onda com a profundidade ocasiona o quebramento da onda próximo das margens. Uma onda que provém de um local profundo vai perdendo velocidade ao se deslocar para um local mais raso. Como a frequência permanece igual, a perda de velocidade ocasiona uma diminuição do comprimento de onda. A diminuição da velocidade é acompanhada por um aumento da amplitude.
Por Domiciano Marques
Graduado em Física