PUBLICIDADE
O futebol é um esporte que move as massas. E, ainda que muitas pessoas achem que esse seja um fenômeno exclusivamente brasileiro, trata-se de um tipo de manifestação com dimensões mundiais. A paixão incontrolável pelo time do coração faz com que, muitas vezes, o futebol seja equiparado à religião. E é esse o tema desse texto: estimular o raciocínio e esclarecer o conceito de religião, para que permita concluir se o futebol é um tipo de esporte ou um fenômeno religioso.
O conceito de religião mais comumente utilizado pela sociologia foi formulado por Max Weber: trata-se de uma manifestação coletiva cujo culto é vinculado a uma instituição, conhecida como igreja. Obviamente esta é uma simplificação bastante didática de sua definição. Nesse sentido, fica óbvio que a comparação entre esporte e religião é claramente falsa.
No entanto, há outro viés de análise que se mostra relevante: o da religiosidade. A religiosidade não é um processo institucionalizado, ao contrário: trata-se de uma manifestação pessoal e de origem emocional. Olhando a passionalidade com que as pessoas se vinculam ao seu time de futebol, discutem por ele e até brigam por ele, talvez aí encontremos uma ligação possível que descreva o sentimento do homem pelo seu time de futebol.
Por Paula Rondinelli
Colaboradora Brasil Escola