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O vitiligo é uma doença não contagiosa que se caracteriza pelo surgimento de áreas sem pigmentação na pele, as quais são observadas como manchas brancas de tamanhos e formas variados. Apesar de poder impactar a autoestima, o vitiligo não é responsável por provocar prejuízos à saúde física do paciente. Ele pode acometer pessoas de qualquer raça, sexo e idade.
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Tópicos deste artigo
- 1 - O que é o vitiligo?
- 2 - Sintomas do vitiligo
- 3 - Tipos de vitiligo
- 4 - Causas do vitiligo
- 5 - Diagnóstico do vitiligo
- 6 - Tratamento do vitiligo
- 7 - Prevenção do vitiligo
O que é o vitiligo?
O vitiligo é uma doença em que se observa a perda de coloração da pele (lesões cutâneas de hipopigmentação). A perda da coloração é consequência de uma redução ou ausência das células responsáveis pela produção de melanina, conhecidas como melanócitos. A doença não provoca consequências graves à saúde do paciente, porém muitos desenvolvem problemas emocionais, sendo observada, em muitos casos, uma queda na autoestima do paciente.
Sintomas do vitiligo
O principal sintoma do vitiligo é o surgimento de manchas na pele. Muitos pacientes não apresentam outros sintomas além dessas lesões, porém, em alguns casos, a área afetada pode apresentar dor e sensibilidade. No entanto, vale salientar que, na maioria dos casos, essas lesões não coçam, não doem e também não descamam.
As manchas podem surgir pequenas e aumentar de tamanho ao longo do tempo. Além disso, novas manchas podem surgir, o que, ocasionalmente, pode levar ao acometimento completo do corpo. Além das manchas, pelos e cabelos também podem embranquecer.
Tipos de vitiligo
A Sociedade Brasileira de Dermatologia classifica o vitiligo em dois tipos: segmentar ou unilateral e não segmentar ou bilateral. O vitiligo segmentar se manifesta em apenas uma parte do corpo. O não segmentar, por sua vez, manifesta-se nos dois lados do corpo, acometendo, por exemplo, as duas mãos, os dois joelhos. Geralmente, as manchas inciam-se pelas extremidades, como nariz, boca, pés e mãos. Nesse tipo de vitiligo, há épocas em que a doença se desenvolve e períodos em que ela entra em estagnação. As áreas sem pigmentação tendem a se tornar maiores com o tempo, bem como a duração dos ciclos. Caracteriza-se como o tipo mais comum.
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Causas do vitiligo
Até o momento, as causas do vitiligo ainda não são completamente conhecidas. Aparentemente a doença está relacionada com fenômenos autoimunes e também fatores genéticos, sendo observado que cerca de 20% dos pacientes com vitiligo possuem pelo menos um parente de primeiro grau com o problema.
Além disso, problemas emocionais podem estar entre os fatores que desencadeiam ou agravam o vitiligo. Fatores ambientais, como exposição solar e a pesticidas, podem ser considerados precipitantes da doença naqueles pacientes que apresentam predisposição genética.
Você sabia que o Dia Mundial de Combate ao Vitiligo é celebrado em 25 de junho? A data foi escolhida por ser o aniversário de morte de Michael Jackson, uma das pessoas mais conhecidas que apresentavam a doença. |
Diagnóstico do vitiligo
O diagnóstico do vitiligo é baseado apenas no exame clínico do paciente, uma vez que as lesões na pele são bastante características. A realização de biópsias demonstra a ausência de melanócitos na região acometida, o que explica a ausência de pigmentação.
Tratamento do vitiligo
O tratamento do vitiligo não visa à cura da doença, mas pode auxiliar a estabilizar o quadro e até mesmo garantir uma repigmentação da pele. O dermatologista pode recomendar diferentes procedimentos, como o uso de medicamentos que induzem a repigmentação, fototerapia, tratamento com laser, técnicas cirúrgicas ou transplante de melanócitos. Como a doença não causa comprometimento da saúde física do indivíduo, o tratamento apresenta caráter estético.
Para auxiliar no disfarce das manchas, é importante destacar que atualmente há muitas maquiagens indicadas para essa finalidade, sendo essa também uma alternativa para aqueles que preferem mascarar o problema.
Prevenção do vitiligo
Infelizmente, o vitiligo é uma doença que não apresenta forma de prevenção. Porém, é importante que todos estejam atentos às variações que podem ocorrer na pele. Qualquer alteração deve ser acompanhada por um dermatologista, uma vez que intervenções precoces podem ajudar a estabilizar o quadro.
Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia