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O glaucoma é uma doença grave e que pode levar à cegueira caso não seja tratada adequadamente. De acordo com a Sociedade Brasileira de Glaucoma, o glaucoma é a maior causa de cegueira irreversível do mundo. A doença apresenta como principal fator de risco o aumento da pressão intraocular. Seus sintomas são percebidos apenas em fases mais avançadas da doença, sendo, portanto, fundamental a realização de exames periódicos a fim de diagnosticá-la precocemente. Apesar de não ter cura, o glaucoma pode ser controlado.
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Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre glaucoma
- 2 - O que é glaucoma?
- 3 - Causas do glaucoma
- 4 - Fatores de risco para o glaucoma
- 5 - Sintomas do glaucoma
- 6 - Tipos de glaucoma
- 7 - Diagnóstico do glaucoma
- 8 - Glaucoma tem cura?
Resumo sobre glaucoma
- Pode levar à cegueira.
- Pode ter diferentes causas, como traumas e uso de certos medicamentos.
- Pode acometer qualquer pessoa.
- Não apresenta sintomas em suas fases iniciais.
- Pode ser classificado em: glaucoma primário de ângulo aberto, glaucoma primário de ângulo fechado, glaucoma de pressão normal, glaucoma congênito e glaucoma secundário.
- Pode ser diagnosticado em consultas de rotina. O principal exame para se confirmar a doença é o exame de fundo de olho.
- É uma doença crônica e sem cura.
- O tratamento, que inclui colírios e cirurgias, visa a impedir a perda da visão.
O que é glaucoma?
O glaucoma é uma doença ocular crônica grave caracterizada pelo surgimento de lesão do nervo óptico, sendo, geralmente, acompanhada de pressão intraocular elevada. O glaucoma ocorre quando as fibras do nervo óptico, responsável por levar as informações dos olhos até nosso cérebro para que elas possam ser interpretadas, atrofiam. A atrofia das fibras impede que as informações sejam transmitidas, o que leva à perda de visão.
As fibras nervosas são danificadas, geralmente, devido à pressão elevada no interior do olho. A pressão eleva-se como consequência de uma redução no escoamento do humor aquoso, um líquido que circula continuamente no interior do olho. É importante salientar que estudos indicam que a pressão intraocular normal está entre 10 mmHg e 21 mmHg, porém os indivíduos podem responder de maneira diferente a um mesmo nível de pressão.
Causas do glaucoma
Quando falamos em glaucoma, sempre relacionamos a doença com a pressão elevada no olho. Apesar de esse ser um dos maiores fatores de risco para o desenvolvimento da doença, ela pode ocorrer mesmo sem a elevação da pressão intraocular. O glaucoma pode ser também congênito ou secundário a alguma doença, cirurgia, algum medicamento ou trauma.
Fatores de risco para o glaucoma
Alguns dos fatores de risco conhecidos para o desenvolvimento de glaucoma são:
- Pressão intraocular elevada;
- Idade (indivíduos com mais de 40 anos);
- História familiar de glaucoma;
- Alto grau de miopia;
- Raça negra;
- Diabete mellitus.
Sintomas do glaucoma
O glaucoma é uma doença ocular que progride lentamente, podendo se desenvolver por meses, e até mesmo anos, sem que nenhum sintoma seja percebido. Inicialmente o paciente com glaucoma observa a perda gradativa do seu campo de visão, ou seja, aos poucos o indivíduo observa a perda da sua visão periférica.
É comum que o paciente não consiga perceber as alterações no seu campo de visão de maneira rápida, sendo a perda da visão notada somente quando apenas a visão central é percebida (visão tubular). Nesse momento, é comum que o paciente esbarre em objetos e tropece devido ao comprometimento da visão periférica. Sem o devido tratamento, de maneira lenta e gradual, o campo de visão se torna cada vez menor, até que a cegueira total se instale.
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Tipos de glaucoma
Existem diferentes tipos de glaucoma, sendo possível classificá-lo da seguinte maneira:
- Glaucoma primário de ângulo aberto: é a forma mais comum de glaucoma. Nesse caso, o paciente apresenta pressão intraocular maior que 21 mmHg em associação com dano ao nervo óptico, ou alteração no campo visual compatível com glaucoma e ausência de anormalidades que podem ser responsáveis por provocar a elevação da pressão intraocular.
- Glaucoma primário de ângulo fechado: nesse tipo o sistema de drenagem é bloqueado, geralmente, pela íris.
- Glaucoma de pressão normal: nesse tipo, como o nome indica, a pressão intraocular é considerada normal, entretanto, verifica-se dano no nervo óptico ou no campo visual. Anormalidades oculares ou sistêmicas que podem levar ao aumento da pressão intraocular estão ausentes.
- Glaucoma congênito: ocorre devido a uma anormalidade no desenvolvimento do olho que leva a uma obstrução da drenagem do humor aquoso.
- Glaucoma secundário: nesse tipo há a pressão intraocular e dano ao nervo óptico ou no campo visual devido a outros problemas, como doenças oculares, traumas ou uso de medicamentos, como colírios de corticoide por tempo prolongado e sem o devido acompanhamento médico.
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Diagnóstico do glaucoma
O glaucoma pode ser diagnosticado em consultas de rotina ao oftalmologista. O principal exame realizado a fim de se diagnosticar a doença é o exame de fundo de olho, no qual o médico será capaz de observar a retina e o nervo óptico. Além disso, a doença pode ser suspeitada com base na medição da pressão ocular. Contudo, é importante salientar que nem todos os pacientes com glaucoma possuem pressão intraocular aumentada.
O diagnóstico precoce é importante para que o tratamento tenha maior sucesso e a cegueira seja impedida. Por isso, consultas de rotina são importantes. Vale salientar que pessoas que possuem histórico de glaucoma na família devem se submeter à avaliação médica, pelo menos, uma vez ao ano.
Glaucoma tem cura?
O glaucoma é uma doença incurável, porém existe tratamento, cujo objetivo é controlar a doença e, desse modo, evitar a perda de visão. O principal tratamento do glaucoma consiste em reduzir a pressão intraocular, sendo esta reduzida por meio da realização de cirurgias ou uso de medicamentos, como colírios específicos, os quais devem ser utilizados seguindo rigorosamente a prescrição médica. Apenas um oftalmologista poderá indicar o melhor tratamento em cada situação.
Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia