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O acidente vascular cerebral (AVC) ou acidente vascular encefálico (AVE) é considerado a segunda principal causa de morte no mundo e a primeira no Brasil. Além de ser muitas vezes letal, o AVC é uma doença que causa incapacidade de diversas dimensões na pessoa afetada, sendo, portanto, um grave problema de saúde.
O AVC ocorre quando parte do cérebro deixa de ser irrigada, seja em razão do bloqueio de um vaso sanguíneo ou o seu rompimento. É uma doença que acomete principalmente pessoas em idade avançada (acima de 60 anos), entretanto pode atingir crianças e adolescentes.
Podemos classificar o AVC, de acordo com a sua causa, em: isquêmico e hemorrágico. O AVC isquêmico caracteriza-se pela interrupção do fluxo sanguíneo no cérebro, normalmente associado à presença de coágulos ou placa aterosclerótica. Já o tipo hemorrágico ocorre em virtude do extravasamento de sangue graças a uma ruptura de algum vaso sanguíneo, podendo ocorrer, por exemplo, pelo rompimento de um aneurisma. O principal tipo de AVC é o isquêmico, acontecendo em cerca de 80% dos casos.
Existe ainda o AIT, o ataque isquêmico transitório. Ele assemelha-se a um AVC, porém dura um tempo menor e não causa lesões. O paciente apresenta sintomas como dormência e paralisia, que de maneira geral não duram mais que uma hora. Em virtude dos sintomas logo desaparecerem, muitas vezes o médico não é consultado. Entretanto, pesquisas comprovam que um verdadeiro AVC ocorre em 30% dos casos após até dois dias do AIT.
É importante ficar atento a alguns sintomas! Caso você ou alguma pessoa próxima sinta parte do corpo paralisada ou dormente de maneira súbita, dificuldade de fala e compreensão, dor de cabeça extremamente forte e inesperada, perda da visão ou visão dupla, além de perda de memória, é necessário procurar imediatamente um médico. Lembre-se de que tratamento imediato é a chave para evitar possíveis incapacitações. Médicos afirmam que o atendimento até 4 horas e meia a partir do início dos sintomas aumenta as chances de se conseguir uma boa resposta aos tratamentos, ou seja, diminui os riscos de lesões graves.
O AVC pode ter diferentes dimensões, podendo em alguns casos não deixar sequelas e, em outros, levar à morte. Normalmente as alterações observadas após um AVC dizem respeito a atividades motoras, perda da sensibilidade de algumas partes do corpo, dificuldade na fala, perda da visão e comprometimento da memória.
Ao chegar ao médico com sintomas, exames como tomografia computadorizada e ressonância magnética deverão ser realizados. Esses exames têm como principal objetivo confirmar o diagnóstico, identificar o tipo de AVC, além de verificar a área atingida pela doença.
O tratamento é diferente de acordo com o tipo de AVC identificado. Quando o AVC é isquêmico, utilizam-se medicamentos a fim de dissolver os coágulos ou eles são retirados por cateterismo. Quando o AVC é hemorrágico, normalmente o tratamento é cirúrgico com técnicas que retiram o sangue extravasado do cérebro.
Algumas pessoas estão mais propensas a apresentarem um AVC por possuírem alguns dos fatores de risco. Dentre os fatores que contribuem para o acidente vascular cerebral, podemos destacar: hipertensão arterial, doença cardiovascular, aterosclerose, diabetes mellitus, obesidade, sedentarismo, tabagismo, doenças genéticas de coagulação, idade avançada e histórico de AVC.
Após o AVC, o paciente necessitará de acompanhamento de uma equipe multiprofissional para que a recuperação seja satisfatória, sendo importante também o envolvimento de amigos e familiares. Um fisioterapeuta será de extrema importância em casos em que houve o acometimento das funções motoras. Um terapeuta ocupacional poderá ser útil para garantir maior independência ao paciente. Fonoterapia pode ajudar nos casos de distúrbios da fala. Por fim, um psicólogo poderá ajudar na aceitação e estimular a reabilitação após o AVC.
Por Vanessa dos Santos
Mestre em Biologia