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A produção agrícola e pastoril no Brasil sempre teve uma importância muito grande, tanto economicamente como no processo de urbanização. A partir dessa afirmativa nota-se que a região sudeste não se isola no processo, pois essa durante muito tempo teve uma grande participação na produção agrícola (café, cana-de-açúcar, etc.), muitas vezes esses produtos seguraram a economia brasileira que basicamente se resumia apenas à produção primária.
Com o passar do tempo a agricultura acompanhou as transformações ocorridas na indústria, e essa começou a produzir equipamentos, implementos, insumos com intuito de aumentar a produtividade e também reforçar a indústria desse segmento.
Na segunda metade do século XX, o Brasil entrou no processo de industrialização por substituição, além disso, o capital estrangeiro começou a entrar no Brasil com a chegada das multinacionais de vários segmentos, dentre esses estavam a produção de máquinas e equipamentos destinados à atividade rural, nesse mesmo período começa também a produção para exportação que provocou a expansão de áreas cultivadas, a partir daí inicia o processo de mecanização e modernização do campo.
O aumento da produtividade propiciou o surgimento da agroindústria (indústria vinculada à produção agropecuária, ex: laticínio, tecelagem, etc.). A produção modernizada não ficou restrita à agricultura uma vez que a criação de animais sofreu alterações, pois os animais foram sendo selecionados, cresceu a produção de medicamentos para tais animais, entre outros. Na região destaca-se a produção bovina de corte e leite e a produção de aves e suínos.
Com a modernização e mecanização do espaço rural a região sudeste ficou, a partir desse momento, caracterizada com um alto nível de modernização e produtividade, com um grande número de pequenas e médias propriedades, com uma imensa diversidade produtiva. As propriedades rurais próximas aos grandes centros da região são geralmente de pequeno porte com característica de produção de hortaliças e frutas.
As transformações no espaço urbano
As transformações ocorridas no campo, como a modernização, alteraram a configuração dos centros urbanos, a partir da mecanização rural os trabalhadores desse ramo de atividade perderam seus postos de trabalho, resultando em um grande fluxo de trabalhadores rurais para as cidades em busca de trabalho nas indústrias, fenômeno denominado de êxodo rural. O setor industrial instalado na região sudeste atraiu muitos nordestinos.
Atualmente, 92% da população do sudeste vivem em centros urbanos. O conjunto de fatores promoveu a urbanização da região e a expansão das áreas metropolitanas. Em pouco tempo houve grandes alterações nas paisagens urbanas provenientes da acelerada urbanização, formando assim as regiões metropolitanas, que é a união de dois ou mais municípios.
Em sua grande maioria as regiões metropolitanas são orientadas pela localização das indústrias. As sete maiores regiões metropolitanas estão na região sudeste, São Paulo, 17,8 milhões de habitantes; Rio de Janeiro, 10,8 milhões; Belo Horizonte, 4,8 milhões; Campinas, 2,3 milhões; Vitória e Baixada Santista ambos com 1,4 milhão, em Minas o Vale do Aço com 560 mil.
Atualmente as metrópoles mundiais São Paulo e Rio de Janeiro estão diminuindo o ritmo de crescimento industrial e populacional, agora a nova tendência são as médias cidades, pois os grandes centros enfrentam problemas de infra-estrutura, altos preços imobiliários, altos impostos e muita poluição, migrando as atividades industriais para centros menores onde estão localizadas as atividades agropecuárias.
Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia