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Uma vez que temos meses com 28, 30 e 31 dias, alguns médicos costumam sugerir que os cálculos relativos ao tempo de gravidez de uma mulher sejam feitos de acordo com o calendário lunar. Isso significa, basicamente, considerar o seguinte:
- 1 semana lunar = 7 dias
- 1 mês lunar = 4 semanas de 7 dias = 28 dias
Como o período compreendido entre o início da gestação e o dia do parto tem cerca de 280 dias, podemos perceber que esse valor corresponde a 40 semanas.
Uma vez que um mês lunar tem 4 semanas, 40 semanas de gravidez correspondem a 10 meses lunares.
Agora que você já compreendeu essas contas, vamos seguir adiante, falando sobre o sexto mês de gestação. Nesse período, compreendido entre a 21ª semana lunar e a 24ª, o bebê ainda se apresenta enrugado, e se movimenta bastante. Suas unhas começam a aparecer, e os pelos se tornam mais evidentes. Assim, o cabelo fica mais denso, e o corpo apresenta sobrancelhas e cílios. Além disso, há sobre seu corpo o vernix caseoso: uma substância branca que protege e impede a desidratação da pele.
O bebê inicia esse período com aproximadamente 18 centímetros e 310 gramas, encerrando o mês lunar com cerca de cinco centímetros a mais, e 540 gramas. Ele já tem suas características faciais formadas e já é capaz de “treinar” a deglutição, ingerindo o líquido amniótico – que já pode ser processado pelo seu sistema digestório, e também sentido, pelo paladar.
Suas mãos estão mais fortes, desenvolvendo o tato. A medula óssea já é capaz de formar células sanguíneas, e o cérebro está se desenvolvendo rapidamente. As orelhas já funcionam muito bem, permitindo com que reconheça sons e tenha senso de equilíbrio (em virtude da formação completa da orelha interna).
Quanto à mãe, sua coluna se curva para frente, e as articulações que se localizam na região pélvica se tornam mais flexíveis. Os enjoos tendem a desaparecer, sua barriga apresenta tamanho médio, e o umbigo fica mais evidente. Ela (a barriga) tende a se mover bastante, já que a criança tem bastante espaço e está bastante ativa – o que pode fazer com que as costelas maternas se apresentem doloridas. A gestante também pode sentir dores nas costas, em razão do aumento dos seios e do volume do útero.
Em virtude da ação hormonal, ela pode ter flutuações de humor. Em muitos casos, inclusive, gestantes nessa fase se apresentam com maior apetite sexual. Sobre isso, vale lembrar que, exceto em casos em que há orientação médica específica que indique a abstinência, a gestante pode, sim, ter relações sexuais.
Ainda sobre os hormônios, também em razão deles, existe uma tendência para que os pelos, de forma geral, cresçam significantemente nesse período – inclusive em regiões não muito desejadas, como bochechas e costas. A gestante pode, ainda, se sentir inchada; e apresentar manchas escuras na pele do rosto (melasmo), que tendem a desaparecer após o parto. De qualquer forma, o uso de protetor solar, cotidianamente, é uma excelente medida.
Alimentação da gestante:
Como o cérebro do bebê está se desenvolvendo significantemente nessa fase, é muito importante não se esquecer de ingerir alimentos contendo ômega 3: peixes de águas profundas, como salmão, atum, bacalhau, albacora e cação; e certos vegetais, como brócolis, rúcula, couve e espinafre.
O cálcio também é importante, uma vez que permite que o bebê tenha uma série de benefícios: ossos mais fortes, boa dentição, músculos fortes, etc.; e previne a osteoporose materna. O ferro, também, não deve ser negligenciado, uma vez que gestantes possuem o risco em potencial de desenvolver anemias.
E, claro, a hidratação é essencial! Além dos diversos benefícios dessa medida, a hidratação ajuda na melhora da circulação sanguínea, e reduz o inchaço.
Importante:
Nessa fase, a gestante pode sentir algumas contrações, que se manifestam no útero e abdome. Elas, chamadas de contrações de Braxton, ou Braxton Hicks, estão preparando o útero materno para as contrações propriamente ditas, que surgirão mais para o fim da gravidez.
Caso utilize carro, é importante que a gestante coloque o cinto de segurança, sem se esquecer de que ele deve ser colocado em volta da barriga, e não em cima dela.
Por Mariana Araguaia
Bióloga, especialista em Educação Ambiental