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Húmus é o produto resultante da matéria orgânica decomposta, a partir do processo digestório das minhocas, formando uma compostagem natural, agregando ao solo os restos de animais e plantas mortas e também seus subprodutos.
Através da ação de microrganismos (bactérias e fungos), associados ao trato digestório compartimentados desses anelídeos (boca, faringe, papo, moela, intestino, ânus), os detritos são macerados contra as partículas de terra também ingeridas, sendo parte dos nutrientes absorvidos e a outra inaproveitada, eliminada juntamente com a finíssima granulometria dos minerais.
Assim, o húmus é considerado o mais completo adubo, apresentando as seguintes características físico-químicas: não possui cheiro (inodoro), uma substância asséptica, rico em micronutrientes (ferro, boro, cobre, zinco, molibidênio, cloro) e macronutrientes (potássio, nitrogênio, fósforo), além de possuir textura macia em razão da granulometria das partículas do solo (silte e areia).
Diante dessas propriedades, a formação do húmus (chamado humificação) repõe os minerais no solo, corrigindo a debilidade de nutrientes proporcionalmente às necessidades dos vegetais, tornando a terra mais estável e apropriada para as mais diversas culturas, ou seja, um excelente fertilizante.
À medida que as minhocas se deslocam, escavando galerias nas camadas dos substratos, promovem além da assimilação da matéria orgânica, condições para que haja penetração de gases da atmosfera (arejamento do solo), e infiltração hídrica juntamente à percolação de elementos químicos. Aspectos esses fundamentais ao desenvolvimento de uma planta, realizando absorção de água, nutrientes e também respiração através das raízes.
Pelo ponto de vista apresentado, as minhocas e outros seres vivos representam um papel biológico muito importante nos ecossistemas, auxiliando na ciclagem da matéria, tornando disponíveis os elementos químicos às relações ecológicas.
Por Krukemberghe Fonseca
Graduado em Biologia