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Muitos casais apresentam problemas que dificultam a gravidez, como alterações tubárias, endometriose, idade avançada e baixa quantidade de espermatozoides. Nesses casos, para conseguir a tão sonhada gestação, faz-se necessária a realização de técnicas de reprodução assistida, como é o caso da fertilização in vitro.
A técnica da fertilização in vitro baseia-se na coleta de um ovócito, sua fecundação e posterior inserção do embrião no útero materno. Esse procedimento foi realizado primeiramente na Inglaterra, na década de 70, e foi responsável pelo nascimento de Louise Toy Brown, que ficou conhecida como o primeiro bebê de proveta.
A coleta dos ovócitos para a realização da fertilização in vitro é feita pela aspiração realizada por uma agulha ligada ao ultrassom transvaginal. Para garantir a produção adequada dos ovócitos, a paciente deve ser submetida a diferentes medicamentos que promovam a estimulação dos ovários.
Após coletados, os ovócitos são levados para o laboratório, onde é feita a fertilização, que pode ocorrer de maneira clássica ou pela injeção intracitoplasmática de espermatozoide. Na maneira clássica, os espermatozoides são colocados em contato com os ovócitos; assim, a fecundação acontece naturalmente. Já na injeção intracitoplasmática de espermatozoide, é realizada a injeção do gameta masculino no interior do ovócito.
Feita a fecundação, os embriões iniciam seu desenvolvimento no laboratório, sendo observados até o 5° dia de desenvolvimento. Após esse período, são transferidos para o útero materno, onde possuem chance de até 60% de se desenvolverem se as condições do organismo da mulher forem favoráveis. Vale destacar que a transferência dos embriões não provoca dor e geralmente é feita sem anestesia.
O número de embriões a ser colocado no útero depende da idade da mulher. É importante lembrar que, quanto maior a idade, menores são as chances de fixação. Além disso, ao colocar um número elevado de embriões, eleva-se o risco de desenvolvimento de gestações múltiplas. Baseando-se nisso, o Conselho Federal de Medicina determinou que não podem ser colocados mais de quatro embriões em uma mulher e que mulheres com até 35 anos podem receber dois embriões; mulheres com idade entre 36 e 39 anos podem receber até três embriões; e mulheres com 40 anos ou mais podem receber até quatro embriões.
Os embriões que não são usados no procedimento são guardados caso seja necessária uma nova fertilização. O casal pode ainda doar seus embriões para outros casais ou para o desenvolvimento de pesquisas científicas.
Atenção: Não confunda fertilização in vitro com inseminação artificial. Nesse último procedimento, o ovócito não é retirado, sendo colocado apenas o sêmen no útero feminino.
Por Ma. Vanessa dos Santos