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Acredita-se que o Planeta Terra tenha se formado há aproximadamente 4,6 bilhões de anos, e que a composição da atmosfera era totalmente diferente da que vemos atualmente. Segundo Oparin e Haldane, que elaboraram uma das teorias sobre a origem da vida, descargas elétricas provenientes de tempestades e raios ultravioletas do sol teriam fornecido energia para as reações químicas entre as moléculas da atmosfera, originando substâncias orgânicas simples, como os aminoácidos e glicídios. Ainda segundo Oparin e Haldane, essas substâncias simples teriam sofrido várias transformações até originarem seres vivos semelhantes aos procariontes que conhecemos atualmente.
Deduz-se que o primeiro ser vivo que habitou a Terra conseguia sobreviver através da absorção de moléculas simples que se encontravam dissolvidas na água, e como não havia oxigênio na atmosfera, esses organismos deveriam conseguir energia através da fermentação.
À medida que o tempo passou, as condições na Terra e os seres vivos se modificaram, surgindo então organismos autotróficos capazes de realizar a fotossíntese utilizando inicialmente o gás carbônico e o gás sulfídrico, processo realizado ainda hoje por bactérias conhecidas como sulfobactérias. Há mais ou menos três bilhões de anos surgiram bactérias capazes de utilizar a água ao invés de gás sulfídrico na realização da fotossíntese, e pelo fato de a Terra ter grande disponibilidade de água, essas bactérias se espalharam por todo o planeta, causando uma proliferação tão grande que a concentração de oxigênio na atmosfera aumentou consideravelmente, causando um grande impacto no ambiente.
Com a alta concentração de oxigênio na atmosfera, muitos organismos se extinguiram, pois não tinham o organismo desenvolvido para aproveitar esse gás. Com o decorrer do tempo, muitos seres vivos passaram por diversas mutações e foram surgindo organismos capazes de utilizar o oxigênio da atmosfera pela respiração aeróbia. Por esse tipo de respiração produzir mais energia que a fermentação, esse processo foi vantajoso e se espalhou, fazendo aumentar a população de heterótrofos.
Por Paula Louredo
Graduada em Biologia