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Os espermatozoides são gametas masculinos produzidos durante a espermatogênese que ocorre nos testículos. Células leves e móveis, os espermatozoides se desenvolvem a partir das espermátides e se movimentam em direção ao óvulo com uma velocidade de 1mm/min a 4mm/min em média. Os espermatozoides são dotados de cabeça, colo ou peça intermediária, e cauda ou flagelo.
A cabeça do espermatozoide tem forma oval e é quase totalmente ocupada pelo núcleo, composto de cromossomos paternos. Na parte superior da cabeça há o acrossoma, oriundo da junção de vesículas do aparelho de Golgi e que consiste em uma bolsa cheia de enzimas com a função de facilitar a penetração do espermatozoide no óvulo durante a fecundação.
O colo, também chamado de peça intermediária, contém mitocôndrias que produzem o trifosfato de adenosina (ATP), essencial para o movimento dos flagelos. Já a cauda ou flagelo desenvolve-se a partir do centríolo e tem a função de impulsionar o espermatozoide pelo aparelho reprodutor feminino.
Os espermatozoides ficam mergulhados em um fluido produzido pelas glândulas seminais e pela próstata. Esse fluido é nutritivo para os espermatozoides e é expulso do corpo no momento da ejaculação. Uma vez no sistema reprodutor feminino, os espermatozoides conseguem fecundar um óvulo no período de 48 a 72h.
Nos mamíferos, a membrana plasmática dos espermatozoides possui proteínas chamadas de fertilizinas. É através dessas proteínas que o espermatozoide consegue se ligar às proteínas receptoras presentes na membrana do óvulo. Quando as proteínas dos dois gametas se associam, ocorre uma fusão entre elas que causa alteração na permeabilidade da membrana ovular aos íons Na+ e K+, promovendo despolarização de toda a superfície do óvulo. Essa alteração na superfície da membrana ovular impede a penetração de outros espermatozoides, garantindo que apenas um espermatozoide fecunde o óvulo.
Por Paula Louredo
Graduada em Biologia