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Em todas as espécies dioicas, ou seja, que possuem sexos separados, as fêmeas possuem cromossomos sexuais homólogos (XX), enquanto que os machos possuem um cromossomo sexual semelhante ao das fêmeas (X) e outro cromossomo sexual tipicamente masculino (Y), sendo então XX para as fêmeas e XY para os machos.
A determinação do sexo ocorre no momento da fecundação do óvulo. Nos mamíferos, essa determinação é feita através dos cromossomos sexuais encontrados nos gametas masculinos, que são os espermatozoides (XY), e no gameta feminino, que é o óvulo (XX). Sabemos que a espécie humana possui 46 cromossomos, sendo que 23 desses cromossomos foram doados pela mãe (no óvulo) e os outros 23 cromossomos foram doados pelo pai (no espermatozoide). Por as fêmeas possuírem cromossomos homólogos, ou seja, iguais (XX), elas poderão doar a seus filhos somente o cromossomo sexual X, concluindo então que a mãe não tem papel significativo na determinação do sexo. Diante disso, podemos afirmar que a determinação do sexo é feita pelo pai, pois ele pode doar o cromossomo sexual X, dando origem a um bebê do sexo feminino, ou o cromossomo sexual Y, dando origem a um bebê do sexo masculino. Nos mamíferos, é conhecido um gene presente no cromossomo Y, chamado de SRY (sex-determining region Y), que determina o desenvolvimento de testículos e, consequentemente, o sexo masculino no bebê.
Determinar o sexo dos filhos é o desejo da grande maioria dos pais, mas como vimos no parágrafo anterior, essa determinação depende de fatores genéticos. Alguns médicos, como o ginecologista e obstetra americano Landrum B. Shettles, afirmam que é possível sim escolher o sexo do bebê e para isso basta seguir à risca o método proposto por ele, que pode ser encontrado no livro “Como escolher o sexo de seu bebê”. Cientistas britânicos da Universidade de Exeter e Oxford publicaram um estudo em que 740 mulheres em primeira gravidez foram observadas. A partir dessas observações, eles afirmaram que a dieta alimentar das mães antes da concepção e durante as primeiras semanas da gestação influenciaram na determinação do sexo de seus bebês. Ainda segundo a pesquisa, as mulheres que tiveram alimentação mais calórica foram mães de meninos, enquanto as mulheres que mantiveram uma alimentação menos calórica foram mães de meninas.
Muitas teorias foram elaboradas e diversos estudos foram e ainda estão sendo realizados sobre esse assunto muito contestado no meio científico. Essa questão será, com certeza, alvo de muitos debates entre especialistas. Diante disso, o melhor a se fazer é esperar até aproximadamente a 13° semana de gestação para saber o sexo do bebê e ter sempre em mente a popular frase: “que venha com saúde, sem importar o sexo”.
Por Paula Louredo
Graduada em Biologia