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Reino Animalia
Filo Chordata
Classe Amphibia
Ordem Caudata
A Classe Amphibia está dividida em três Ordens: a Gymnophiona, representada pelas cobras-cegas e cecílias; a Anura, cujos representantes são os sapos, rãs e pererecas; e, finalmente, a Ordem Caudata. Nesta, temos como representantes os tritões e salamandras, compreendendo cerca de 440 espécies.
A maioria dos indivíduos deste grupo, cujos representantes têm corpo alongado, dotado de dois pares de patas curtas e uma cauda, tem hábitos aquáticos. Nestes casos, seu desenvolvimento é indireto. Diferentemente de lagartos e lagartixas, estes animais não possuem escamas e tampouco unhas, e sua cloaca está posicionada de forma longitudinal em relação ao plano do tronco. Além disso, se locomovem executando oscilações laterais, semelhante aos peixes; e algumas espécies apresentam veneno.
Diversos caudados tendem a manter algumas de suas características larvais durante a vida adulta, como as brânquias - fenômeno este chamado de pedomorfose - e, em situações adversas, podem entrar em metamorfose.
Estes animais se encontram predominantemente nas regiões temperadas do planeta, como no Hemisfério Norte. No Brasil, temos um único representante da ordem Caudata: a salamandra Bolitoglossa paraensis.
Esta espécie costuma viver em árvores, mais precisamente nas bifurcações destas, escondida entre folhas caídas ali e que geralmente se apresentam úmidas. Tal fato é muito importante, considerando que estes indivíduos têm respiração cutânea, e pulmões ausentes: características da Família Plethodontidae, a qual pertencem.
A alimentação é composta por pequenos invertebrados e é realizada no período noturno. Quanto à reprodução, as fêmeas tendem a cuidar dos ovos, depositados em seu hábitat.
Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), a salamandra brasileira possui dados insuficientes quanto ao seu status de conservação, fato este que pode ser compreendido em razão da sua distribuição, restrita à região amazônica. Por tal motivo, alguns pesquisadores consideram-na como vulnerável nos hábitats em que vive, já que alterações nestes ambientes podem comprometer a espécie.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia