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O priapismo é caracterizado por uma ereção prolongada e persistente que, em alguns casos, dura tempo superior a oito horas. Diferentemente das ereções resultantes de estímulos sexuais, ela apresenta-se frequentemente com dor. O priapismo pode ocorrer logo após uma relação sexual, em que o pênis fica ereto até por mais de quatro horas, ou então sem nenhum estímulo.
O priapismo ocasiona a ereção dos corpos cavernosos, porém, essa ereção não é observada na glande e no corpo esponjoso. Podemos classificar essa doença em dois tipos principais: o isquêmico e o não isquêmico.
O isquêmico, também chamado de baixo fluxo ou veno-oclusivo, ocorre quando há uma diminuição do retorno venoso, ocasionando isquemia no tecido. Nesses casos, a ereção normalmente é dolorosa. É essencial procurar um médico assim que notar o problema, pois há um grande risco de impotência caso o tratamento não seja iniciado imediatamente.
No priapismo não isquêmico, conhecido também como de alto fluxo ou arterial, observa-se um aumento do fluxo arterial, sendo que esse tipo normalmente está relacionado com trauma perineal ou peniano. Diferentemente da forma isquêmica, as ereções são indolores e há menos risco de sequelas.
Algumas doenças podem ter relação com o priapismo, entre elas a anemia falciforme, leucemia, talassemia e alguns problemas neurológicos, tais como lesões na medula. Além disso, a doença pode ser relacionada com o uso de medicamentos, álcool e drogas.
Assim que os sintomas aparecerem, o paciente deve procurar o serviço de emergência para que os devidos procedimentos sejam realizados o mais rápido possível. Para realização do diagnóstico, alguns exames devem ser realizados, como o físico, além da análise da história clínica do paciente. É importante realizar a gasometria dos corpos cavernosos, que dará informações a respeito do pH do sangue e das pressões de oxigênio e gás carbônico. Além disso, pode-se fazer também uma ultrassonografia com Doppler colorido. É de suma importância que o médico obtenha um diagnóstico rápido, uma vez que o tratamento possui distinções de acordo com o tipo de priapismo.
Em casos de priapismo isquêmico (tipo mais frequente), é importante esvaziar os corpos cavernosos através de punção. Caso a punção não solucione o problema, alguns medicamentos intracavernosos podem ser utilizados. Quando nenhum tratamento é eficaz, opta-se pela cirurgia, em que são feitas áreas de comunicação entre os corpos cavernosos e o esponjoso. Algumas vezes, quando nenhum procedimento é satisfatório, pode-se optar por uma prótese peniana.
No caso do priapismo não isquêmico, nenhum tratamento precisa ser realizado imediatamente. É comum que o problema se resolva de forma espontânea.
É de suma importância que todo homem procure o médico em caso de priapismo, principalmente em virtude do risco de disfunção erétil.
Por Ma. Vanessa dos Santos