PUBLICIDADE
Alimentar-se de forma saudável é muito importante para a saúde e pode prevenir uma gama de doenças. Entretanto, para algumas pessoas, a busca por um cardápio completamente saudável pode causar prejuízos.
A ortorexia nervosa (orthos = correto; orexis = apetite) é um distúrbio alimentar ainda não reconhecido pela Organização Mundial de Saúde. Caracterizado pela preocupação extrema e obsessiva pela ingestão de alimentos saudáveis, o indivíduo acometido evita alimentos como carne vermelha, laticínios e aqueles que contêm conservantes, agrotóxicos e corantes; e não mede esforços para adquirir aqueles que, segundo ele, são imprescindíveis à boa saúde. Assim, podem passar horas no mercado analisando rótulos e embalagens, e pagar valores exorbitantes pelos produtos escolhidos.
Ao selecionar de forma criteriosa o que come, o indivíduo acometido acaba restringindo bastante seu cardápio, aumentando as chances de apresentar um quadro de déficit nutricional, caso não faça as devidas substituições. Por ser obcecado pela procedência dos alimentos, alimentar-se em locais públicos, ou mesmo em casa de amigos e parentes, acaba sendo uma tarefa difícil, até porque o indivíduo tende a criticar aqueles que não adotam o mesmo hábito. Assim, a pessoa costuma se isolar, passando a maior parte do seu tempo planejando suas refeições; e, quando contraria seus princípios alimentares, é capaz de forçar o vômito ou mesmo adotar dietas ainda mais rígidas, para compensar o “mau comportamento”. Assim, em longo prazo, pode desenvolver um quadro de depressão ou mesmo transtorno obsessivo compulsivo, caso seja pré-disposta.
O tratamento da ortorexia nervosa geralmente é feito por equipe multidisciplinar, composta por psicólogos, psiquiatras e nutricionistas.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia