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No ano de 2012, o Ministério da Saúde promoveu uma campanha em mais de 2.500 municípios, em várias escolas públicas do país, entre os dias 5 e 9 de março, com o tema: Prevenção da obesidade na infância e na adolescência. Essa campanha tinha o objetivo de promover diversas ações com o intuito de prevenir e controlar a obesidade de educandos na faixa etária de 5 a 19 anos.
A Semana de Mobilização Saúde na Escola terá uma segunda edição no ano de 2013, entre os dias 11 e 15 de março. A questão da obesidade continua sendo um dos temas principais dessa mobilização do Ministério da Saúde, mas, dessa vez, outro ponto importante que será abordado será a saúde ocular dos alunos de escolas públicas brasileiras.
O lançamento dessa mobilização ocorreu na segunda-feira (11/03/2013) no Centro de Ensino Fundamental, em Brasília. Na ocasião, o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou uma portaria habilitando o Governo do Distrito Federal ao Projeto Olhar Brasil, que prevê ações voltadas à atenção oftalmológica e tratamento integral nessa área.
Problemas de visão atrapalham em muito o desempenho acadêmico dos alunos, por isso os pais e professores devem sempre estar atentos para ver se os alunos apresentam os seguintes sintomas:
- Dor de cabeça;
- Olhos lacrimejantes e irritados;
- Inclinação persistente de cabeça;
- Piscar contínuo dos olhos;
- Desvio Ocular (Olho Estrábico);
- Testa franzida ou olhos semicerrados;
- Arregalar os olhos;
- Afastar os objetos ou aproximar-se muito deles;
- Secreção no olho;
- Crostas nos Cílios;
- Sensibilidade excessiva à luz;
- Alterações Pupilares.
Tudo isso atrapalha o aluno no momento de ler, de fazer suas tarefas, de copiar do quadro, de prestar atenção na aula e assim por diante. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), 22,9% dos casos de abandono escolar são ligados a problemas de visão que os alunos apresentam. 30% das crianças possuem algum tipo de doença nos olhos e 20% dessas precisam de óculos.
Por isso, durante essa semana serão feitos exames de acuidade visual, isto é, o grau de aptidão do olho de perceber detalhes espaciais, como forma e contorno dos objetos.
Um dos exames mais realizados com esse objetivo é com a Escala de Sinais de Snellen. A imagem abaixo mostra essa escala que é constituída de símbolos na forma de letras ou apenas contendo a letra E, organizados de maneira padronizada, em tamanhos progressivamente menores e com um número decimal no lado esquerdo de cada linha, que ajuda a quantificar quanto a pessoa pode enxergar.
Esse tipo de exame deve ser feito por pessoas adequadamente habilitadas e serve para identificar possíveis distúrbios de refração, verificando se os alunos necessitam de óculos.
Os distúrbios de refração (ametropias) ocorrem quando existem problemas na curvatura da córnea, do cristalino ou no comprimento do olho. Os mais comuns são:
- Miopia: Dificuldade para enxergar de longe;
- Hipermetropia: Dificuldade para enxergar de perto;
- Presbiopia: Conhecida como “vista cansada”, o cristalino perde a capacidade de focalização;
- Astigmatismo: “Visão borrada”, as imagens luminosas são focalizadas em dois pontos separados na retina criando uma imagem distorcida.
Pode haver problemas também de estrabismo em que cada olho aponta para uma direção.
Todos esses problemas podem ser corrigidos com óculos, lentes ou cirurgias, mas quem irá indicar corretamente o que fazer em cada caso é um especialista.
Os alunos que serão encaminhados prioritariamente ao oftalmologista serão os que apresentarem acuidade visual (com correção) inferior a 0,1, quadro agudo (apresentando os sintomas e sinais mencionados anteriormente) e trauma ocular recente.
Os alunos que apresentarem acuidade visual (com correção) inferior ou igual a 0,7, estrabismo, diabetes e outros sintomas oculares receberão um encaminhamento regular. Com isso, espera-se ajudar o desenvolvimento escolar, diminuir a evasão escolar, prevenir problemas visuais e melhorar a qualidade de vida dos alunos na rede pública no Ensino Fundamental e Médio.
Por Jennifer Fogaça
Graduada em Química