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No mundo cheio de informações em que vivemos, fica cada vez mais difícil lembrar-se de coisas relativamente simples, como o telefone do melhor amigo. Isso acontece porque os aparelhos celulares armazenam o número, assim, precisamos apenas de um toque para que o amigo seja chamado. Mas será que o uso dessas tecnologias afeta a memória dos humanos?
Uma pesquisa recente conduzida por uma empresa de cibersegurança do Reino Unido (Kaspersky Lab) revelou que o uso cada vez maior de tecnologias digitais está prejudicando ativamente a nossa capacidade de memorização. Segundo a pesquisa, as pessoas estão cada vez mais dependentes de equipamentos eletrônicos para armazenar informações.
Como constantemente o homem busca por informação em aparelhos eletrônicos, o cérebro “não se preocupa” em guardar informações. Isso faz com que não sejamos capazes de construir uma memória a longo prazo. Entretanto, muitas vezes, não estamos preocupados com esse fato, uma vez que acreditamos que as informações importantes estão armazenadas. Essa experiência é definida pelos especialistas como amnésia digital.
A pesquisa, que contou com a participação de seis mil adultos distribuídos por oito países da Europa, chegou à conclusão de que mais de um terço dos entrevistados preferiam pesquisar a informação em dispositivos eletrônicos em vez de consultar a nossa principal máquina de memória: o cérebro. Além disso, o estudo revelou que as pessoas conseguiam lembrar-se dos números de telefone da sua infância, mas se lembrar dos números atuais era um processo mais difícil.
Outro problema relatado pela pesquisa é que as memórias pessoais também estão guardadas em equipamentos eletrônicos. A maioria das fotos, por exemplo, encontra-se na memória do computador, por isso, os momentos registrados são mais facilmente esquecidos. Essas memórias, infelizmente, podem ser facilmente roubadas ou perdidas. Além disso, a mídia utilizada pode tornar-se ultrapassada, prejudicando a visualização de determinado registro.
Assim sendo, a pesquisa serve de alerta para as mudanças de hábitos e a estimulação constante do nosso cérebro. É importante salientar que o computador ou o smartphone não pode substituir a nossa memória e que as informações importantes neles contidas podem ser perdidas em fração de segundos. Além disso, no que diz respeito às memórias pessoais, é fundamental que as experiências vividas sejam mais bem aproveitadas e deixem de ser apenas um arquivo de computador.
Por Ma. Vanessa dos Santos