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Logo no início do texto deparamo-nos com um vocábulo pouco conhecido. Entretanto, de acordo com seu sentido denotativo, o mesmo refere-se a uma determinada falha ocorrida durante a escrita, que na maioria das vezes torna-se algo imperceptível, mas que compromete a estética textual.
Fatores como este são corriqueiros diante do exercício da fala e da escrita, pois na medida em que organizamos nosso pensamento, vamos tecendo as ideias e redigindo-as, e nem sempre nos atentamos para a importância de uma releitura, no sentido de reparar algumas falhas ou até mesmo para aprimorar nossos argumentos, seja por meio de supressões ou acréscimos.
A Perissologia compõe uma das particularidades referentes à gramática ora denominada de vício de linguagem, que, como o próprio nome retrata, é algo que se incorpora facilmente ao cotidiano linguístico de qualquer pessoa.
Assemelha-se muito ao pleonasmo, cuja característica atribui-se ao emprego de termos desnecessários referentes a um pensamento já expresso, fazendo com que o texto torne-se demasiadamente prolixo. Para melhor compreendermos sobre esta ocorrência, analisaremos a seguir alguns exemplos que a caracterizam:
“O prefeito em exercício antecipou para antes as novas medidas preventivas em relação ao saneamento básico”.
“Os alunos receberam pelas mãos do diretor as medalhas referentes ao torneio de futebol".
“ É preciso que se criem novas alternativas para o combate à violência que assola a sociedade".
Infere-nos, portanto, que os termos que se encontram em destaque funcionam como um acréscimo de informações desnecessárias, tendo em vista que a expressão anterior, já retrata por si só, o sentido que os mesmos tendem a estabelecer.
Diante disso, ressaltamos sobre a necessidade de ampliarmos assiduamente nossa competência linguística, inteirando-nos dos múltiplos recursos que a língua nos oferece, vasto é seu dinamismo, para que possamos evidenciar nossa prática discursiva de forma plausível.
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola