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Desvios que comprometem a oralidade e a escrita

É preciso ter atenção para evitar certos desvios linguísticos que podem comprometer a comunicação
É preciso ter atenção para evitar certos desvios linguísticos que podem comprometer a comunicação
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Tanto na fala quanto na escrita devemos estar atentos quanto ao uso de certas expressões que interferem na qualidade do nosso desempenho linguístico.

Como a função da linguagem é estritamente social, e a língua possui um caráter dinâmico, certas vezes nos sentimos apegados a certos modismos, como por exemplo, o uso de clichês, que inevitavelmente acabam se incorporando ao nosso vocabulário.

Todavia, enquanto falantes, devemos zelar pelo nosso perfil, pois perante a sociedade somos vistos como um “todo”, e certas atitudes acabam estigmatizando-nos diante de nossas atitudes.

A discussão em si não remete a ideia de a Gramática Normativa ser o elemento norteador no nosso cotidiano, mas sim, sabermos distinguir situações em que o contexto não permite “tais desvios”. Pois, por mais que a Linguística tenha representado um avanço muito grande para os estudiosos da língua, essa noção de certo ou errado ainda tende a se perdurar por algum tempo.

De uma maneira mais específica analisaremos os desvios mais cometidos e suas principais características. Entre eles destacam-se:

A Ambiguidade - Consiste em retratar uma situação em que a clareza da mensagem torna-se comprometida, havendo, portanto, uma duplicidade de interpretações. Como em:

O menino pegou o ônibus correndo. Neste caso, não identificamos se era o menino ou se era o ônibus que corria.

Cacofonia - Consiste na junção de sílabas que foneticamente tornam-se desagradáveis.

Eu hoje não vi ela.
Já que não posso amar ela, vou para o convento.

Pleonasmo vicioso - É o emprego de uma ideia desnecessária, uma vez que essa já faz parte da inferência do ouvinte/leitor.

O menino entrou para dento apressadamente.
Ele desceu para baixo neste exato momento.

Plebeísmo - É o emprego de certos termos que denotam falta de conhecimento/cultura por parte do falante.

Ele falou tipo assim”...

Barbarismos - representam literalmente o erro no emprego das palavras considerando-se a grafia, semântica e pronúncia.

A conzinha está toda desarrumada.
O bebê adora tomar iorgute.
Sua sombrancelha é bem delineada.

Eco - Consiste na repetição de palavras com o mesmo som para enfatizar uma ideia

Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão. (ditado popular)

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Por Vânia Duarte
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola

 

Escritor do artigo
Escrito por: Vânia Maria do Nascimento Duarte Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

DUARTE, Vânia Maria do Nascimento. "Desvios que comprometem a oralidade e a escrita"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/redacao/a-predominancia-alguns-termos-que-comprometem-oralidade-.htm. Acesso em 21 de novembro de 2024.

De estudante para estudante


Lista de exercícios


Exercício 1

(FAAP) Oswald de Andrade proclamava no poema-programa “Falação”:

“A língua sem arcaísmos. Sem erudição. Natural e neológica. A contribuição milionária de todos os erros.”

Os trechos que seguem mostram que o poeta foi fiel ao programa. Neles, você encontrará alguns solecismo. Sua tarefa consiste em determiná-los e corrigi-los, segundo as exigências da norma gramatical culta.

“O noivo da moça
Foi para a guerra
E prometeu se morresse
Vir escutar ela tocar piano”

“Se Pedro Segundo
Vier aqui
Com história
Eu boto ele na cadeia”

Exercício 2

(FESP) Nos exemplos abaixo, encontram-se, respectivamente, os seguintes vícios de linguagem. Aponte a opção correta:

Foi ao casamento sem o meu consentimento.
O carnet já estava quitado.
Os estudantes cantaram nosso hino.
Há dois anos atrás já havia televisão.

a- (   ) eco, anglicismo, cacofonia, pleonasmo.
b – (  ) eco, galicismo, cacofonia, pleonasmo.
c – (  ) cacofonia, barbarismo, eco, cacofonia.
d- (   ) cacografia, eco, elisão, barbarismo.
e - (   ) eco, anglicismo, cacografia, pleonasmo.