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Teoria do Flogístico

Baseando-se em uma obra de Johann Joachim Becher, o cientista alemão Georg Ernst Stahl criou a teoria do flogístico que dizia que a combustão ocorria com certos materiais porque estes possuíam um “elemento” ou um principio comum inflamável que era liberado no momento da queima. Esta teoria foi abando

A teoria do flogístico tinha por objetivo explicar a característica da combustão dos materiais.
A teoria do flogístico tinha por objetivo explicar a característica da combustão dos materiais.
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Durante muito tempo o mistério da origem do fogo foi objeto de especulação filosófica. Várias teorias surgiram para explicar o que ocorre com os materiais no momento em que entram em combustão.

Uma delas foi desenvolvida pelo  químico alemão Georg Ernst Stahl (1660-1734). Ao ler um livro de Johann Joachim Becher (1635-1682), publicado em Viena, em 1667, com o título “Physica subterranea”,algo lhe chamou a atenção. Neste livro, Becher apresentou sua própria teoria dos elementos. Segundo ele todas as substâncias eram compostas de três tipos de terras. Uma delas era a terra pinguis (literalmente, “terra gorda”), que dava à substância qualidades oleosas e a propriedade de ser combustível. Ou seja, para exemplificar, pense em uma madeira que é queimada. No inicio ela era composta de cinzas e terra pinguis, no final da combustão ela liberava a terra e permaneciam apenas as cinzas.

Imagens dos cientistas alemães Johann Joachim Becher e Georg Ernst Stah (criador da teoria do flogístico) 
Imagens dos cientistas alemães Johann Joachim Becher e Georg Ernst Stahl (criador da teoria do flogístico)

 

Ao ler este livro, Stahl, deu à terra pinguis um novo nome: “flogístico”; de origem grega “phlogios”, que significa “ígneo”. Então, ele criou uma nova teoria: a “teoria do flogístico”;  e segundo ela os materiais combustíveis, como papel, madeira, enxofre, carvão e óleos vegetais, possuíam um princípio comum inflamável presente apenas nos materiais combustíveis. Se algum material não queimasse, é porque não teria flogístico em sua composição.

Esta teoria permaneceu satisfatória por muito tempo porque explicava vários dos maiores mistérios das transformações dos materiais. Além de explicar fenômenos envolvendo a combustão, englobava também os referentes à oxidação. Vejamos dois deles:

* Sem ar a combustão não ocorre- Segundo Stahl, o flogístico precisa sair para o ar durante a combustão. Mas, certa quantidade de ar só encerra uma parte de flogístico; assim, se retirássemos o ar do sistema a combustão cessaria porque o flogístico não teria para onde ir. Exemplo: se  colocarmos um copo sobre uma vela acesa, ela apagará. Além disso, ele indicou o ar como imprescindível na combustão porque seria ele que transportaria o flogístico de um corpo para outro.

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* Os metais aumentam sua massa depois da queima, de sua corrosão ou enferrujamento, isto é, sua oxidação – O flogístico era repelido pela terra, assim quanto mais flogístico um material possuísse, mais leve ele seria. Por isso, ao sofrer combustão o metal ficava mais pesado. Outro ponto que apoiava sua ideia era o fato de o óxido ter maior massa que o metal; desse modo, ele concluiu que o metal possuía mais flogístico que o óxido.


Imagem da capa do livro de Becher, no qual Stahl se baseou para criar a teoria do flogístico
Imagem da capa do livro de Becher, no qual Stahl se baseou para criar a teoria do flogístico

 

No entanto, esta teoria foi abandonada, pois alguns fatores entraram em contradição coma sua explicação. Por exemplo, o papel ficava com menor massa depois que era queimado, ao contrário do metal.

Um ponto culminante para a queda desta teoria foi o fato de que no século XVIII, Antoine Laurent Lavoisier (1743-1794) descobrir, por meio de inúmeras experiências bem elaboradas e controladas, a importância de um elemento químico no processo da combustão. Este elemento era o oxigênio (O). Foi desse modo que a teoria do flogístico foi abandonada.

Por Jennifer Fogaça
Graduada em Química
Equipe Brasil Escola.

Escritor do artigo
Escrito por: Jennifer Rocha Vargas Fogaça Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

FOGAçA, Jennifer Rocha Vargas. "Teoria do Flogístico"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/teoria-flogistico.htm. Acesso em 21 de dezembro de 2024.

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