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Desde a Antiguidade, na época dos alquimistas, os elementos que eram descobertos passavam a receber um nome e um símbolo. Esses nomes não seguiam uma regra predeterminada, mas eram dados de modo arbitrário pelas pessoas que os descobriam; associando-os a coisas como minerais, astros e o local onde foram descobertos. Inclusive, os nomes de alguns têm origens bem interessantes e diferentes; veja o caso da descoberta do níquel.
Os mineiros alemães encontraram um minério muito parecido com o cobre, porém o cobre tingia os vidros de azul; enquanto que esse novo metal tingia-os de verde. Como eram supersticiosos, alguns desses mineiros começaram a chamá-lo pelo nome de Kupfer-nickel, que significa “cobre do Velho Nick”, isto é, “cobre enfeitiçado pelo Diabo” ou “cobre falso”. Mesmo depois de se descobrir que esse era na verdade um novo elemento, ele continuou a ser chamado de nickel ou níquel, em português.
Na Antiguidade, alguns elementos descobertos pelos alquimistas foram: ouro, prata, ferro, carbono e enxofre. O cientista John Dalton propôs símbolos novos para alguns desses elementos, conforme a lista abaixo:
Por volta do ano de 1810, o químico sueco Berzelius (1779-1848) introduziu a notação química, colocando como símbolo dos elementos as iniciais dos seus nomes originais, normalmente em latim ou grego.
Hoje em dia, esses símbolos internacionais dos elementos são dados dessa forma, sendo que as letras são sempre de forma; a primeira letra é maiúscula e a segunda e a terceira (se tiver) são minúsculas. É por isso que muitas vezes o símbolo não tem correspondência com as suas iniciais em português. Por exemplo, o símbolo do sódio é Na, porque seu nome latino original é Natrium. O mesmo ocorre com o potássio, cujo símbolo é K, porque seu nome em latim é Kallium, o ouro (Au = Aurium) e o cobre (Cu= Cuprum).
No caso do Hidrogênio (do latim Hidrogenium), os sufixos ium e um são substituídos em português, com a autorização da IUPAC, pelas terminações io e o, respectivamente.
Com o passar do tempo, muitos nomes foram dados em relação às suas propriedades, à região de onde o elemento provinha, nomes de planetas, nomes lembrando continentes, estados, universidades e também em homenagem a alguns cientistas, conforme se vê abaixo:
Existe também uma regra estabelecida pela IUPAC, para se dar nomes e símbolos provisórios para os elementos de número atômico superior a 100. Ela é feita com os prefixos latinos e gregos que correspondem a cada algarismo do número atômico do elemento, que são ligados e resultam em uma terminação latina. Veja abaixo como isso é feito:
Por Jennifer Fogaça
Graduada em Química