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As reações em que ocorre perda ou ganho de elétrons são denominadas de reações de oxirredução. Elas são muito importantes em nosso cotidiano, estão presentes em diversas invenções tecnológicas, e é com base nelas que podemos explicar a química envolvida nas lentes fotossintéticas dos óculos de sol.
Tudo começa pela composição do vidro fotocromático: quando átomos de oxigênio tetraédricos se ligam com silício surge uma estrutura cristalina de cloreto de prata. Essa estrutura se encontra desordenada, de forma que existem brechas entre os átomos, sendo assim, a luz visível passa através desta estrutura.
As vantagens das lentes fabricadas com vidro fotocromático é que elas não deixam a luz ultravioleta passar, elas absorvem essa luz, surge então uma reação de oxirredução entre íons de prata e cloro. Veja a equação:
Ag+ + Cl- → Cu2+ + Cl-
Através dessa reação se formam os cristais de cloreto de prata, mas, para que a reação não se torne reversível, se adiciona íons Cu+. Acompanhe a reação:
Cu+ + Cl0 → Cu2+ + Cl-
Repare que os íons Cu+ reagiram com os átomos de cloro formados na reação anterior. A maior dúvida é: como a lente escurece na presença de luz? A prata metálica coloidal se forma na superfície das lentes, ela possui a propriedade de absorver a luz, o que torna a lente escura para proteger os olhos da luz ultravioleta.
Mas por que quando voltamos para o ambiente escuro as lentes clareiam novamente? Porque os íons cloreto presentes no cristal do vidro fotocromático se unem novamente a íons de prata através de rearranjos moleculares.
Agora você já sabe por que as lentes fotossensíveis são mais indicadas para a boa saúde dos olhos: o bloqueio dos raios ultravioleta.
Por Líria Alves
Graduada em Química