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No Brasil encontramos a energia nuclear produzida de forma diferente, em vez de Urânio 235 sendo usado no processo, temos também o Urânio 238. Estes dois isótopos do elemento Urânio se diferenciam em suas propriedades, uma vez que o Urânio 235 pode sofrer fissão nuclear e ser usado como combustível nuclear e seu isótopo não.
O Urânio na forma mineral, ou seja, extraído do minério, pode ser encontrado em solos brasileiros, ele se apresenta como um sal amarelo e ficou conhecido como “yellow cake”. O problema deste mineral é que sua composição é de 99,3 % de Urânio 238 e somente 0,7% de Urânio 235. Sendo assim, para utilizar este minério na produção da Energia Nuclear é preciso modificá-lo, veja o processo usado para esta finalidade:
1. Primeiro é preciso transformar o urânio extraído do mineral em um gás, o hexafluoreto de urânio (UF6);
2. Em seguida este gás é convertido em pó de urânio: UO2;
3. O pó obtido passa por vários processos até o produto final: pastilhas com combustível nuclear no tamanho de 1 cm.
Pastilhas de urânio
O procedimento demonstrado acima permite enriquecer o mineral aumentando a porcentagem de Urânio 235.
Para se ter uma idéia do potencial das pastilhas compostas de dióxido de Urânio, apenas duas pastilhas gera energia suficiente para abastecer uma casa durante um mês.
Por Líria Alves
Graduada em Química