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Por volta dos três, quatro anos de idade é comum que as crianças imitem irmãos, primos ou amigos durante as brincadeiras, o que é normal.
Isso acontece porque a criança começa a identificar, a perceber que as pessoas são diferentes.
Para formar a sua identidade passa então a experimentar novas emoções, sensações, buscando reconhecer aquilo que gosta e o que não gosta.
Durante toda a vida nos baseamos em outras pessoas, fatos ou coisas, seguindo exemplos, buscando referências que vão ao encontro de nossos objetivos. Com crianças e jovens isso também acontece, porém, de forma mais evidente.
É normal gostarmos de uma roupa que alguém aparece na televisão e comprarmos uma parecida. Modelos de salas, quartos, varandas, cabelos, maquiagens, carros, enfim, uma série de coisas que usamos são copiados de algum lugar, como referência para demonstrarmos nossos gostos e opiniões.
Na imitação a criança vivencia novas emoções
Alguns pais se irritam diante dessas situações, acreditando que é falta de personalidade dos filhos. Não seria falta de personalidade, mas sim de uma busca de novas experiências, já que ainda estão em fase de desenvolvimento, de formação da própria identidade. À medida que crescem, a imitação vai ficando menos evidente.
Nos adolescentes, por exemplo, aparece nas falas, carregadas de gírias, no modo de se vestir, nas cores das roupas, nos gostos musicais.
Na escola, professores não se importam com isso, pois sabem que essas brincadeiras e atitudes levam ao crescimento pessoal, à percepção e reconhecimento do outro. É a forma pelo qual o sujeito aprende a respeitar e a valorizar as diferenças, sejam elas físicas, de opiniões ou mesmo culturais.
Portanto, o melhor a fazer é deixar a criança e o jovem extravasar, sentir o gosto da liberdade de escolha, da experimentação, pois assim aprenderá a distinguir emoções que podem ou não torná-la mais fortalecida enquanto pessoa e capacitada para o convívio social.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia