Dia Nacional do Livro Didático: saiba origem da data e como livros são escolhidos
Dia Nacional do Livro Didático: saiba origem da data e como livros são escolhidos
Programa Nacional do Livro Didático do MEC aponta que cerca de 206 milhões de livros didáticos foram distribuídos no Brasil
Em 27/02/2024 00h01
, atualizado em 27/02/2024 15h07
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Comemora-se hoje, 27 de fevereiro, o Dia Nacional do Livro Didático. A data tem como objetivo valorizar a importância desse tipo de livro, considerado um instrumento fundamental tanto no processo de ensino quanto no de aprendizado.
Segundo o Ministério da Educação (MEC), o livro didático é uma ferramenta de disseminação do conhecimento socialmente produzido e acumulado. Por esse motivo, o livro didático colabora para a transformação e democratização da sociedade.
O livro didático proporciona conhecimento aos estudantes em todas as etapas do ensino escolar. Inicialmente apenas físico, hoje o livro didático também pode ser digital, conforme a escolha da instituição de ensino.
Qual a origem do Dia Nacional do Livro Didático?
A origem do Dia Nacional do Livro Didático está ligada à criação do Instituto Nacional do Livro (INL), inaugurado em 1929. O órgão, hoje extinto, era responsável pela polític nacional das bibliotecas e dos livros no Brasil.
Foi no primeiro Governo de Vargas, em 1934, que o INL começou o seu trabalho na prática, quando elaborou um dicionário nacional e uma enciclopédia e, com isso, aumentou o número de bibliotecas públicas no país.
No Dia Nacional do Livro Didático, também é momento de lembrar da criação, em 1985, do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), que hoje é coordenado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) do MEC.
O objetivo do PNLD é avaliar e distribuir obras didáticas, pedagógicas, literárias e outros materiais de apoio à prática educativa às escolas públicas de educação básica das redes federal, estaduais, municipais.
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Como o livro didático é escolhido?
De acordo com o MEC, o livro didático deve ser escolhido pelos professores e a equipe pedagógica de uma escola visando captar o instrumento que mais se parece com a proposta política pedagógica de cada instituição de ensino.
Para escolher o livro didático, os profissionais devem verificar as resenhas dos livros didáticos que constam no Guia do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), disponibilizado no portal do FNDE.
O MEC explica que cada escola deve escolher duas opções de livros para cada ano e disciplina. Se a primeira opção de material não puder ser adquirida, a segunda está assegurada.
Livros didáticos no Brasil
Segundo o Anuário 2023 da Associação Brasileira de Livros e Conteúdos Educacionais (Abrelivros), cerca de 206 milhões de livros didáticos foram distribuídos pelo Programa Nacional do Livro Didático em 2022. O número de livros aumentou em relação a 2021, quando foram distribuídos 136,8 milhões de materiais.
O Anuário 2023 da Abrelivros também destaca que, do total de livros didáticos do país, 35,5% destinaram-se a escolas da região Sudeste e 31,5%. a escolas da região Nordeste.
Veja abaixo a distribuição de livros didáticos em 2022:
Livros didáticos físicos x livros digitais
Dados do Anuário Abrelivros 2022 destacam ainda que a expectativa é que haja abertura para uso de livros didáticos digitais, embora ainda exista carência de equipamentos e de acesso à internet da maioria das escolas brasileiras.
Ângelo Xavier, presidente do biênio 2022/2023 da Abrelivros comenta: "o mundo do conteúdo digital permite explorar caminhos criativos bastante promissores, numa dinâmica que deve incluir a análise e a definição do que se encaixa melhor no impresso e no que o digital pode trazer de ganhos expressivos”.
Usar livros didáticos físicos ou livros didáticos digitais? Talita Fagundes, gerente pedagógica da plataforma par, solução educacional da SOMOS Educação, acredita que os livros físicos e os livros didáticos podem ser usados pelos estudantes, mas em situações diferentes.
“Há momentos em que o aluno precisa de um suporte físico para escrever, calcular e registrar conteúdos, mas há outros em que a tecnologia permite que se vivencie uma experiência personalizada de aprendizagem, auxiliando no desenvolvimento do protagonismo do estudante”
Talita Fagundes
No caso de livros didáticos digitais, na opinião da gerente, cabe aos educadores e coordenadores planejarem o uso dessas fontes e recursos com intencionalidade pedagógica, de modo a garantir um processo de ensino de qualidade e uma aprendizagem significativa aos alunos.
Conforme Talita reforça, os livros digitais contam com linguagens mais atrativas e mais próximas dos alunos, tais como vídeos, jogos e infográficos animados, o que pode atrair a atenção do estudante.
“Devido à interatividade e multimodalidade, as opções de livros didáticos digitais podem aumentar o interesse do aluno, que se vê diante da possibilidade de estudar com games ou simuladores virtuais", acredita a gerente.