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Por volta do século XIV e XV a Europa passava por transformações econômicas e sociais: o crescimento do capitalismo, das cidades.
Após o declínio do feudalismo, a burguesia encontrava no Estado monárquico a garantia de unificação e centralização representada na figura do rei.
O comércio inicia sua expansão e as mercadorias passam a ser transportadas e, dessa forma, os grupos mercantis são formados ao longo do continente europeu. A expansão marítima é intensificada e as disputas pelo comércio marítimo também.
Novas rotas mercantis são criadas a fim de suprir as demandas do mercado consumidor, que só aumentava
A Península Ibérica, formada por Portugal e Espanha, estava em posição de poder: acabara de reconquistar seus territórios ocupados, até então, por muçulmanos, e estava em posição geográfica favorável para a navegação, o que favoreceu a conquista de novas terras.
As rotas comerciais para o Oriente favoreciam a descoberta e colonização de novas terras por parte de Portugal.
Após a bem sucedida expedição de Vasco da Gama às Índias, o rei de Portugal, D. Manuel I, resolve enviar uma esquadra às Índias, liderada por Pedro Álvares Cabral, com a intenção de estreitar vínculos comerciais. Contudo, a esquadra que inicialmente iria em direção à costa africana, se pendeu para o continente americano. Alguns estudos comprovam que o rei D. Manuel I já sabia da existência do Brasil, já que desde 1351 o território brasileiro era representado em mapas como uma ilha em meio ao Atlântico. Porém, não há confirmação exata a respeito desse assunto.
No dia 22 de abril a esquadra portuguesa avista um monte, o Monte Pascoal, intitulado assim por ser Páscoa.
O escrivão da esquadra, Pero Vaz de Caminha, registra a primeira missa na nova terra, chamada de Vera Cruz, feita pelo Frei Henrique de Coimbra, o qual pregou que o território descoberto deveria ser convertido ao cristianismo, em nome do rei.
A terra, então, passou a se chamar Terra de Santa Cruz e, posteriormente, Brasil, devido à quantidade de pau-brasil no litoral.
As expedições marítimas tinham a proteção da Ordem de Cristo, sob chefia do papa. Os portugueses estavam em guerra religiosa com os árabes e as expedições tinham a intenção de propagar a fé cristã e disseminar os infiéis.
A Ordem de Cristo era, portanto, uma companhia religiosa e militar comandada pelas orientações do papa, o único com autorização para ocupar territórios como o Brasil, repleto de “infiéis”.
Podemos considerar como o início da literatura a carta de Pero Vaz de Caminha, os diários de navegação, os tratados firmados, além dos escritos pedagógicos e informativos da evangelização jesuíta. O mais enfático jesuíta é Padre José de Anchieta, que veio ao Brasil com a proposta de catequizar os índios, por volta de 1553. Dedicou-se à catequese e é conhecido por suas poesias de devoção, cartas e estudos da língua tupi (autor da primeira gramática tupi-guarani).
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras