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O Império Bizantino alcançou seu esplendor político e cultural durante o governo do Imperador Justiniano, que reinou de 527 a 565. As produções artísticas do período tinham um caráter religioso e educativo. Serviam para orientar os cristãos através da reprodução de cenas da vida de Cristo e também dos imperadores, pois eles simbolizavam o divino, o sagrado e detinham o poder do tempo e do espírito, lembrando que o regime político da época era a teocracia. Assim, a preponderância religiosa na Arte Bizantina foi inegável, mas ela também expressou a riqueza e o poder com todo caráter majestoso de um período, e representou a autoridade absoluta, a grandeza sobre-humana e mística do Imperador Justiniano, que simbolizava a figura de Deus na terra.
Para alcançar essas manifestações de poder e religião através da arte, uma das técnicas usadas pelos artistas do período bizantino era a frontalidade, ou seja, as figuras eram desenhadas de frente; com essa técnica a postura do modelo ou objeto era exposta a um exagerado formalismo, observando assim a ausência das sensações de movimento e fazendo do apreciador da obra um espectador passivo, que não via na produção artística outra possibilidade de interpretação da obra que não fosse a figura da soberania e do sagrado.
A Arte Bizantina foi apreciada tanto na arquitetura como nos mosaicos e nas ornamentações no interior das igrejas. O mosaico bizantino representava o luxo e a suntuosidade. A técnica consistia em desenhar as figuras pela justaposição de milhares de pequenas pedras coloridas, talvez esse formato de arte seja a mais importante expressão da arte religiosa. Embora ela tenha sido muito usada no Mundo Antigo, foi na Idade Média, e principalmente em Bizâncio, que mais se produziu e divulgou essa arte.
Imperadora Teodora- Mosaico Bizantino
Os mosaicos das igrejas bizantinas foram reconhecidos por seu esplendor através da pura simplicidade existente na clareza dos contornos e desenhos, na criatividade, na coloração, no meio ton e na luminosidade. Com a crise após o governo de Justiniano, a arte religiosa declinou e ressurgiu a arte profana, que retomou temáticas antigas, mas também se renovou com influências do Oriente quando Constantinopla foi tomada pelos turcos.
Por Lilian Aguiar
Graduada em História
Equipe Brasil Escola