Notificações
Você não tem notificações no momento.
Novo canal do Brasil Escola no
WhatsApp!
Siga agora!
Whatsapp icon Whatsapp
Copy icon

A Arábia antes do Islã

Antes do islamismo, os beduínos do deserto prestavam adoração a vários deuses.
Antes do islamismo, os beduínos do deserto prestavam adoração a vários deuses.
Imprimir
Texto:
A+
A-
Ouça o texto abaixo!

PUBLICIDADE

A Arábia ou Península Arábica é uma região desértica do Oriente Médio banhada pelo mar Vermelho e pelas águas do oceano Índico. Do ponto de vista histórico, esta região ficou bastante conhecida como berço de uma das mais importantes religiões do mundo, o islamismo. Surgida no século VII, esta religião estabeleceu mudanças significativas nas configurações políticas, econômicas e culturais de todo o mundo árabe.

Antes do Islã, a Península Arábica esteve basicamente dividida entre as regiões litorânea e desértica. Os desertos da Arábia eram ocupados por uma série de tribos vagantes, que tinham seus integrantes conhecidos como beduínos. Os beduínos não apresentavam unidade política, eram politeístas e sobreviviam das atividades de pastoreio organizadas nos oásis que encontravam no interior da Arábia.

Sob o aspecto religioso, prestavam adoração a objetos sagrados, forças da natureza e acreditavam na intervenção de espíritos maus. Para que pudessem promover as suas crenças e rituais, os beduínos se dirigiam até as cidades litorâneas que abrigavam vários de seus símbolos e objetos sagrados. Com o passar do tempo, esse deslocamento regular firmou uma significativa atividade comercial.

Ao se dirigirem até o litoral, os beduínos aproveitavam da oportunidade para realizarem negócios com os comerciantes das cidades sagradas. Dessa forma, a economia da Península Arábica era fortemente influenciada pelo calendário que determinava as festividades dedicadas aos vários deuses árabes. Já nessa época, as cidades de Meca e Yatreb se destacavam como grandes centros comerciais e religiosos.

Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)

Pregando uma crença de natureza monoteísta, Maomé, o maior profeta do islamismo, possibilitava mudanças profundas no mundo árabe. Com a expansão do culto a uma única divindade, as constantes peregrinações religiosas e os negócios poderiam perder o seu sentido. Não por acaso, vários comerciantes da cidade de Meca se opuseram à expansão da crença muçulmana em seus primórdios.

Graças à organização militar dos primeiros convertidos, Maomé conseguira vencer a resistência dos comerciantes de Meca contra o islamismo. Além disso, podemos salientar que a nova religião não abandonou todas as crenças anteriores ao islamismo e preservou a importância religiosa das cidades comerciais. Dessa forma, o islamismo pôde conquistar a Península Arábica a partir do século VII.

Por Rainer Sousa
Graduado em História

 

 

 

Escritor do artigo
Escrito por: Rainer Gonçalves Sousa Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SOUSA, Rainer Gonçalves. "A Arábia antes do Islã"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/a-arabia-antes-isla.htm. Acesso em 02 de novembro de 2024.

De estudante para estudante


Lista de exercícios


Exercício 1

Sobre os aspectos religiosos da Península Arábica antes do Islamismo, é correto dizer que:

a) possuía uma maioria absoluta de judeus, que se organizavam em torno das leis do Talmude, válidas para toda a Península.

b) era inteiramente dominada pelo zoroastrismo, cujo líder principal foi o profeta Zaratustra, ou Zoroastro.

c) não possuía unidade religiosa, cultuando vários deuses.

d) era povoada por beduínos cristãos, filiados à Igreja Ortodoxa.

e) era povoada por monges cristãos anacoretas, que viviam pregando no deserto.

Exercício 2

(FGV) O surgimento do Islamismo permitiu à Arábia:

a) consolidar uma unidade política e religiosa, fortalecendo-a e possibilitando a expansão de seu Império;

b) o fortalecimento e a propagação da primeira religião politeísta moderna;

c) a autonomia dos diversos Califados e, portanto, a difusão e fortalecimento de seus interesses comerciais e religiosos.

d) centralizar os diversos Califados e, portanto, a expansão do politeísmo por todo o Mediterrâneo. e) unificar apenas religiosamente a região, permanecendo, portanto, os interesses comerciais dos diversos Califados em conflito.