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A ascensão de Juscelino Kubitschek à presidência do Brasil desde os momentos iniciais da campanha até o momento da vitória nas urnas foi marcada por tensões políticas. Para a sucessão do anterior presidente do Brasil, Getúlio Vargas, que havia suicidado no ano de 1954, os dois maiores partidos brasileiros, o PSD (Partido Social Democrático) e a UDN (União Democrática Nacional) queriam promover uma aliança partidária e lançar um candidato sob o slogan: “União Nacional”.
Essa união partidária não se efetivou e o PSD lançou no ano de 1955 a candidatura de Juscelino Kubitschek, aliando-se ao PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) e tendo João Goulart como candidato a vice-presidente, portanto, efetivou-se uma forte aliança política com o intuito de ganhar as eleições.
Durante a campanha política partidária Juscelino Kubitschek realizou duas principais promessas: a primeira era transferir a capital do Brasil para o Planalto Central (a construção de Brasília) e a segunda, anunciar o Plano de Metas que tinha como principal slogan o desenvolvimentismo como modelo econômico. O Plano de Metas tinha como principal lema: fazer desenvolver o Brasil “50 anos em 5”.
No ano de 1955, Juscelino Kubitschek foi eleito presidente, juntamente com o vice-presidente João Goulart. Naquele período, as eleições para presidente e vice não tinham vínculos, ou seja, eram separadas. João Goulart recebeu mais votos que Juscelino, que se consolidou como o presidente mais votado naquela eleição, com 36% dos votos, seguido por Juarez Távora 30%.
Após ter tomado posse no cargo de presidente da República, Juscelino Kubistchek, juntamente com a coligação PSD (Partido Social Democrático) e PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) feita por Kubistchek e Goulart, contrariava os partidários da UDN (União Democrática Nacional). A UDN passou a defender a tentativa de um golpe e um grupo de militares queria a deposição de JK. Logo no ano seguinte à posse de JK, iniciou-se em Jacareacanga-RJ (1956) um movimento de militares contrários a JK. No ano de 1959, na cidade de Aragarças-Go, ocorreu outro levante contra o presidente realizado por militares. O desfecho desses movimentos culminou na repressão realizada pelas forças legalistas (Pró-Juscelino) e na anistia de todos os envolvidos.
Leandro Carvalho
Mestre em História