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No século XIX, após o período das guerras napoleônicas, a Europa voltou com seu forte ritmo comercial, as Índias Orientais eram os principais mercados de destino dos produtos europeus na época. China e Índia, por possuírem tamanha população, eram os mercados mais atraentes para os diversos produtos europeus, principalmente os ingleses, já que a Inglaterra era a maior potência da época e já caminhava para a segunda fase da Revolução Industrial.
Embora a Índia tivesse um mercado bastante aberto aos produtos estrangeiros, a China era exatamente o contrário: não tinha interesse em quase nenhum produto europeu, fechava sua economia, além de chamar os estrangeiros de “bárbaros”. O único produto que despertava o interesse chinês era o ópio, um entorpecente extraído da papoula que causa dependência química. Mesmo sendo ilegal, o uso do ópio na China se tornou massificado em 1834, gerando grandes lucros à Inglaterra.
Em 1839, o imperador chinês Daoguang estabeleceu uma política de confisco nos portos chineses, um de seus enviados foi assassinado por marinheiros britânicos embriagados de ópio, o que acarretou a expulsão de todos os ingleses da cidade. Além disso, o governo chinês confiscou e destruiu cerca de 20 mil caixas de ópio nos depósitos britânicos, o que fez com que a Inglaterra declarasse guerra à China.
Com enormes vantagens bélicas e superioridade tecnológica inquestionável, os ingleses venceram facilmente as forças chinesas, bombardeando Nanquim e ameaçando as comunicações terrestres com a capital, Pequim. Isso fez com que a China fosse obrigada a assinar o Tratado de Nanquim, em 1842, no qual a China garantia a abertura de mais cinco portos para o domínio inglês, o pagamento da indenização da guerra além de entregar a ilha de Hong Kong.
Mesmo tendo um acordo totalmente favorável, os ingleses não conseguiram, com muito sucesso, atingir o lucro desejado, pois o comércio não progredia tão rapidamente como o pretendido.