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A Quarta Cruzada é uma das mais importantes cruzadas da Idade Média. Incentivada pelo Papa Inocêncio III, a quarta cruzada foi responsável pela tomada da cidade de Constantinopla, antiga capital do Império Romano do Oriente. De início, a Quarta Cruzada seria justificada pelo fracasso obtido em recuperar o domínio cristão sob a cidade de Jerusalém. Dessa maneira, o forte apelo religioso da pregação do Papa Inocêncio III conseguiu agregar um amplo número de cruzados.
Reunidos na cidade de Veneza, os cruzados também foram patrocinados pelos comerciantes da região. Os mercadores venezianos tinham grande interesse em fixarem um entreposto comercial no Mar Mediterrâneo. Além disso, a antiga tradição comercial bizantina fazia dessa cruzada um atrativo negócio para os comerciantes de Veneza. Utilizando de armas, utensílios e navios cedidos pelos comerciantes, os cruzados chegaram ao Império Bizantino em 24 de junho de 1203.
Mesmo incentivados pela antiga hostilidade que os gregos tinham contra os ocidentais, principalmente os latinos, as forças de Bizâncio não tiveram habilidade para controlar o grande número de soldados europeus que tomaram a cidade de assalto. Chegando à capital do Império, em abril de 1204, os cruzados realizaram um grande saque que abarrotou navios com ouro, prata, jóias, artesanato e relíquias sagradas.
Com o processo de invasão de Constantinopla, o Império Bizantino perdeu sua unidade territorial e séculos depois seria controlada pelos turco-otomanos, em 1453. Por fim, chegamos à conclusão que a Quarta Cruzada serviu do apelo religioso que reclamava o controle dos cristãos sobre a cidade de Jerusalém para empreender um dos mais bem sucedidos empreendimentos econômicos estabelecidos pelos nobres e comerciantes europeus da Baixa Idade Média.