PUBLICIDADE
A Primeira Cruzada, ocorrida nos fins do século XI, teve uma importante motivação de natureza religiosa: a reconquista da cidade de Jerusalém pelos cristãos. Desde 1076, os muçulmanos haviam conquistado a cidade sagrada e, por meio de proteção militar, dificultavam a peregrinação dos cristãos que queriam conhecer um dos mais importantes locais por onde Jesus Cristo passou.
Nesse mesmo período, o imperador Alexus I, de Constantinopla (1081-1118), temia uma investida muçulmana contra seus territórios, dado a proximidade de seus domínios com a cidade de Jerusalém. Dessa forma, Alexus buscou o apoio do Papa Urbano II (1088 – 1099) para realizar um movimento militar que expulsasse os muçulmanos daquela região.
Durante um concílio na cidade de Clermont, em 1095, Urbano II fez um discurso conclamando os reis e príncipes católicos para que juntassem suas forças contra a presença dos infiéis (muçulmanos) na cidade de Jerusalém. Aderindo o apoio dos nobres europeus, a Primeira Cruzada partiu em 1096.
Utilizando cruzes vermelhas, que sinalizariam a motivação religiosa do conflito, os participantes da Primeira Cruzada iniciaram sua batalha sitiando várias cidades até alcançar o seu destino final. Contando com sérias dificuldades em prosseguir a jornada, os cruzados passaram por várias privações. Alguns chegaram a beber da própria urina e do sangue de animais devido à falta de água potável.
Em 1097, um contingente de 10000 pessoas estava em Constantinopla, prontas para o avanço até Jerusalém. Divididos em pequenos exércitos, os cruzados conquistaram as cidades de Nicéia e Antioquia. Logo depois, os exércitos avançaram sobre Jerusalém e provocaram um grande massacre contra os muçulmanos que ali habitavam. Depois da conquista, Godofredo de Bulhão foi eleito chefe do Reino de Jerusalém. Com sua morte, em 1100, ele foi sucedido por seu irmão, Balduíno de Bolonha.