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Na concordância verbal temos alguns casos que podem gerar dúvidas quanto ao sujeito composto e a correta conjugação do verbo.
Os casos especiais do sujeito composto:
a) Quando o sujeito composto estiver antes do verbo, esse último ficará no plural.
Exemplo: Paola e Pedro gostaram do seu interesse em vender a casa.
b) Quando o sujeito vier depois do verbo, esse último ficará no plural ou com o núcleo do sujeito que estiver mais próximo ao verbo.
Exemplo: Dividiram a comida a mãe, os seus filhos e os amigos de seus filhos.
Dividiu a comida a mãe, os seus filhos e os amigos de seus filhos.
c) Quando os núcleos do sujeito constituírem uma gradação, o verbo fica no singular.
Exemplo: O sorriso, a paz, a felicidade fez com que me sentisse muito bem hoje.
d) Quando um pronome indefinido (tudo, nada, ninguém, alguém) resumir os núcleos do sujeito, o verbo fica no singular.
Exemplo: As tribulações, o sofrimento, as tristezas, nada nos separa de quem nos ama e amamos de verdade.
e) Quando o sujeito composto vier ligado por ou:
• Ou com sentido de exclusão, o verbo fica no singular.
Exemplo: Paola ou Pedro virá aqui em casa hoje.
• Ou com sentido de adição, o verbo fica no plural.
Exemplo: O ingresso ou o ticket são aceitos aqui.
• Ou com sentido de retificação, o verbo concorda com o núcleo mais próximo.
Exemplo: O professor titular ou os professores concordaram com essa decisão.
f) Quando o sujeito for representado pela expressão “um e outro”, o verbo concorda ou no singular, ou no plural.
Exemplo: Um e outro aluno fez (fizeram) o trabalho manuscrito.
g) Quando o sujeito for representado por uma das expressões “um ou outro”; “nem um nem outro”, o verbo fica no singular.
Exemplo: Nem um nem outro fez o trabalho manuscrito.
h) Quando o sujeito for formado por infinitivos, o verbo fica no singular. Caso os infinitivos sejam antônimos, o verbo concorda no plural.
Exemplos: Fumar e beber não traz benefícios ao organismo.
Subir e descer escadas são ações que todos deveríamos praticar mais.
i) Quando o sujeito composto for ligado por com, o verbo fica ou no singular ou no plural, dependerá da ênfase que se quer dar: ou a algum dos núcleos do sujeito ou aos dois.
Exemplo: O prefeito com seus assessores fizeram uma boa campanha.
O prefeito, com seus assessores, fez uma boa campanha.
j) Quando o sujeito apresentar as expressões “nem...nem”, “tanto...como”, “assim...como”, “não só...mas também”, o verbo geralmente vai para o plural.
Exemplo: Não só o uso de drogas, mas também a companhia errada trazem prejuízos irreversíveis ao indivíduo.
k) Quando os núcleos do sujeito são representados por pronomes pessoais do caso reto, o verbo fica no plural.
1. Eu, tu e ele vamos hoje ao dentista. (nós – plural)
2. Tu e ela ireis ficar bem até o final da manhã. (vós – plural)
3. Ela e ele estudam mais do que o necessário por dia. (eles – plural)
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola