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Dá-se o nome de morfema àquela parte que se junta ao radical, conferindo-lhe um novo significado. Assim, ao analisarmos o exemplo a seguir:
PEDRA
PEDREGULHO
APEDREJAR
PEDREIRA
Constatamos que o radical, ou seja, aquela parte estática da palavra e de maior importância, é demarcado por “-PEDR-”, e as demais partes que a ele se uniram puderam conferir sentido às palavras formadas – representando, portanto, os morfemas.
Assim sendo, em virtude de alguns deles apresentarem características quase que idênticas (pelo fato de serem constituídos pela mesma vogal), o artigo em questão tem por finalidade abordar acerca de todas elas, com vista a proporcionar um perfeito entendimento sobre mais um aspecto da língua. Vejamos, pois:
MENINO –MENINA
GAROTO – GAROTA
Notamos que as vogais “o” e “a” designam o que chamamos de desinências nominais, visto que demarcam o gênero das palavras em questão – masculino e feminino.
Agora, analisemos outros exemplos:
CADEIRA / MESA
A tais exemplos não podemos atribuir a mesma característica (mudança de gênero) haja vista que não existe a forma masculina para nenhum deles.
Constatamos que não se trata de uma marca de gênero, mas sim de um morfema que se junta ao radical, a fim de formar uma base, a qual se liga às desinências, como, por exemplo, “cadeiras e mesas”, indicando a marca pluralizada.
Trata-se então do que chamamos de vogal temática nominal, ainda que também exista a vogal temática verbal, indicando a conjunção pertencente às formas verbais, como em “amar”, cuja vogal temática é o “e”.
Não menos importante é a vogal de ligação representando um morfema que apenas surge por motivos eufônicos (ligados ao som), justamente para permitir que a palavra seja pronunciada de forma efetiva. Constatável nos casos que seguem:
FRUTÍFERO
PONTIAGUDO
GASÔMETRO
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras