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Em todo o mundo, pelo menos 2,6 bilhões de pessoas não têm acesso a banheiro, essas emitem 200 milhões de toneladas de fezes por ano que são jogadas ao ar livre, ou seja, fora de um lugar adequado.
O pior caso nesse sentido é a Índia, que possui o maior problema sanitário do mundo, aproximadamente 750 milhões de pessoas não têm acesso a banheiro e rede de esgoto.
Nesse país, a classe menos favorecida realiza o trabalho de coleta das fezes dispostas nas ruas e em outros lugares, essa prática é desempenhada por homens e mulheres. Os homens entram em bueiros onde estão acumuladas grandes quantidades de excremento humano e o trabalho é desenvolvido sem nenhum tipo de proteção, num lugar repleto de preservativos, absorventes e muitos outros materiais indesejáveis. As mulheres carregam sobre a cabeça cestos cheios de fezes, a situação ainda é mais precária nos períodos chuvosos, pois os excrementos escorrem pelo corpo daquela que os carrega.
A quantidade de excremento produzida pela população indiana supera a gerada pelas populações dos Estados Unidos, Indonésia e Brasil, se somada.
Em partes, a cultura indiana considera a higiene, pois é comum o banho, no entanto, vendem alimentos a poucos metros das valas onde encontram-se depositados os esgotos a céu aberto.
De acordo com essa situação que aparentemente não deveria acontecer, uma vez que estamos em pleno século XXI, eis alguns dados da realidade indiana:
• Diariamente são produzidos no país cerca de 120 mil toneladas de fezes.
• Somente em um dia a Índia produz aproximadamente 1,2 bilhão de litros de urina.
• Todo excremento diário produzido na Índia, se fosse transformado em gás metano, poderia gerar a capacidade explosiva que equivale a 18 bombas atômicas.
• Um limpador de fezes recebe um salário que parece “brincadeira”, algo em torno de 0,46 centavos de moeda brasileira.
Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia