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O bio-óleo é um combustível renovável cuja matéria-prima é a biomassa, ou seja, substâncias de origem orgânica (vegetal, animal, etc.). Sua fabricação consiste numa série de transformações físico-químicas, que originam um líquido de coloração negra e bastante viscoso, podendo ser empregado na geração de energia elétrica, aquecimento doméstico, fertilizantes orgânicos, aditivos para combustíveis e como combustíveis (após ser refinado).
A obtenção do bio-óleo se dá por meio da pirólise. Esse processo se caracteriza pela queima e degradação térmica da biomassa (serragem, bagaço de cana-de-açúcar, resíduos agrícolas, casca de arroz, etc.) a temperaturas de 500 °C, na ausência total de oxigênio. O resultado origina carvão, aerossóis, vapores e ácido pirolígneo (que pode passar por mais uma transformação para se produzir metanol).
Após a condensação desses vapores, e nessas condições de temperatura, o processo é concluído em poucos minutos, e cerca de 70% da biomassa se transforma em um óleo negro, denominado bio-óleo. Esse produto apresenta propriedades físico-químicas semelhantes a do diesel e pode ser empregado na produção de vários objetos que têm o petróleo como matéria-prima. Especialistas do Departamento de Agricultura e energia dos Estados Unidos afirmam que a utilização do bio-óleo pode reduzir em até 30% o consumo anual de petróleo daquele país.
Portanto, com a possibilidade real das reservas de petróleo se esgotarem em algumas décadas, surge a necessidade de se desenvolver novas alternativas para a fabricação de combustíveis. Sendo assim, o bio-óleo, juntamente com outras fontes renováveis, torna-se uma opção eficaz e menos agressiva ao meio ambiente, pois esse combustível, durante a combustão, libera 50% menos de gases poluentes se comparado aos de origem fóssil.
Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia