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A necessidade de reduzir a dependência da utilização de petróleo impulsionou estudos voltados para o desenvolvimento de novas alternativas na produção de combustíveis. Nesse sentido, o bioetanol se tornou uma opção eficaz, visto que ele é uma fonte renovável originada de produtos vegetais.
O bioetanol é um combustível obtido através da fermentação controlada e da destilação de resíduos vegetais, como o bagaço da cana-de-açúcar, a beterraba, trigo ou o milho. Todos esses produtos passam por processos físico-químicos (deslignificação, fermentação, destilação, etc.) até se transformarem em combustíveis.
O produto final é altamente energético, podendo ser utilizado em automóveis adaptados para esse tipo de combustível. A produção é mais expressiva com a utilização da cana-de-açúcar como matéria-prima, visto que sua fermentação já proporciona açúcares. Aproximadamente 6.800 litros de bioetanol são produzidos com 80 toneladas de cana.
Especialistas afirmam que a utilização do bioetanol é extremamente vantajosa, pois a matéria-prima na fabricação dessa substância é renovável, diferentemente do petróleo, que irá exaurir-se da natureza em algumas décadas. Outro aspecto positivo se refere à emissão de gases poluentes – a queima desse combustível não é tão agressiva ao meio ambiente, contribuindo, assim, para a redução dos gases responsáveis por intensificar o efeito estufa.
Entretanto, uma parcela da sociedade é contrária à utilização de bioetanol, alegando que a matéria-prima utilizada na fabricação (cana-de-açúcar, milho, entre outros) poderia ser destinada para a alimentação de várias pessoas. Os opositores também afirmam que os terrenos destinados à plantação da matéria-prima do bioetanol deveriam ser substituídos pelo cultivo de outros gêneros alimentícios.
Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia